São João da Macega, a festa mais comentada da região

A noite fria de sábado não atrapalhou as comemorações de São João em Macega, no interior de Maratá. A fogueira, acesa desde o início da noite, aqueceu e divertiu quem esteve no evento. Fui desafiado a contar um pouco do que aconteceu na festa e, também, a caminhar sobre as brasas da fogueira.

Comunidade se une para organizar e preparar delícias de São João

Infelizmente, devido à chuva fraca que caía na hora da bênção e da preparação da passagem pelas brasas, não pude passar. Achei arriscado, pois com as gramas molhadas era provável que as brasas grudassem nos meus pés, ocasionando queimaduras. No entanto, fiquei lembrando do dia em que passei ainda pequeno, aos nove anos de idade. Realmente não queimei os pés e a única sensação diferente era o calor que subia do braseiro.

Muitos não sabem, mas o São João da Macega começou com uma festa pequena para a comunidade. Acontecia na parte mais alta da localidade, na escola Pedro Saticq. Há mais de 40 anos, nas primeiras edições, já era tradição a passagem pelas brasas da fogueira. Aos poucos, a festa cresceu e passou a ocorrer na Sociedade Gaúcho da Macega.

Cerca de 200 moradores vivem na localidade, mas em noite de festa junina, o público passa de três mil pessoas. Eu, como maceguense desde o primeiro dia de vida, posso afirmar que o evento mobiliza boa parte dos moradores. A organização envolve muita coisa e as diretorias da sociedade e da igreja católica, que trabalham para o sucesso da festa. Neste dia, também vemos congestionamentos e grande movimentação de carros pelas estradas de chão.
Outra característica forte do São João da Macega está desaparecendo ao longo dos anos. Lembro que entre as atrações estavam os diferentes trajes temáticos dos festeiros. Os “looks” eram os mais criativos possíveis e chamavam a atenção de todo mundo. Eu me divertia bastante e não ficava de fora dessa tradição.

Muitos também não sabem, mas o quentão da Macega, típico das festas juninas, tem segredos especiais. Quem prova, sente que ele é diferenciado. Então, me permito revelar um destes segredos. Há 24 anos ele é feito pela voluntária Rejane Schommer. Ela é cunhada da minha avó e arrasa na preparação da bebida.

Encerro convidando todos para virem à Macega dia 23 de junho de 2019. A maior parte dos visitantes é de montenegrinos. Alguns já são “figurinhas carimbadas” e sempre dão um jeito de convidar mais gente pra conhecer.(Júlio Hanauer)

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