IBS leva oficinas culturais para a EMEF Cinco de Maio

Trabalho está sendo desenvolvido desde o início do ano na escola

Desde o início do ano, o Instituto Brasil Solidário (IBS) realizou uma série de oficinas educacionais e culturais na EMEF Cinco de Maio, em Montenegro, reunindo professores e alunos para vivenciar práticas de leitura, arte e cidadania. A iniciativa faz parte do Plano Bienal do instituto, com foco na valorização da cultura brasileira e desenvolvimento da educação nas regiões. Aline Paraschin, representante do IBS da Bahia, pontua que a proposta é trabalhar o incentivo à leitura, arte, cultura e também reconhecimento das tradições brasileiras. “É um projeto que busca disseminar e valorizar a cultura de forma geral, trazendo essas experiências diretamente para as escolas.” Ela destaca que o instituto veio para a cidade em parceira com a John Deere, permitindo ao IBS conectar-se com a comunidade local e aplicar o projeto de forma prática.

Antes mesmo das oficinas presenciais, os professores de Montenegro participaram de cursos e formações sobre metodologias de leitura, arte, música e fotografia, já alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Acreditamos que para fortalecer o aprendizado dos alunos é essencial capacitar os professores e dar a eles ferramentas e conhecimento que se conectem com a realidade e a cultura de cada lugar,” afirma. “A equipe de educadores se apropriou do conteúdo pedagógico das áreas temáticas, preparando o ambiente escolar para receber as oficinas.”

Teatro das sombras montado pelos alunos também foi resultado de muito aprendizado

Oficinas diversas são a alma do projeto
As oficinas, então, trouxeram práticas concretas de incentivo à leitura, catalogação de acervos e mediação de leitura. Aline enfatiza a renovação da biblioteca da escola, que incluiu a doação de 500 livros novos, com títulos para todas as idades, e também móveis para garantir um ambiente mais acolhedor para leitura. “A biblioteca é renovada não apenas com novos livros, mas também com um espaço que acolhe a diversidade de histórias e realidades, algo essencial para engajar os alunos no hábito da leitura,” pontua.

Outras oficinas incluíram formação musical e o desenvolvimento de habilidades criativas no teatro. Aline detalha que os alunos puderam explorar a sensibilidade e expressão corporal através de dança e teatro de sombras, onde criaram e encenaram uma lenda própria. “O teatro de sombras, especialmente, encantou as crianças e jovens, pois eles próprios desenvolveram histórias e se envolveram na criação dos personagens e enredos, gerando uma experiência de pertencimento à própria criação.”

Aline Paraschin, representante do IBS da Bahia

No campo da educomunicação, Aline descreveu que a escola recebeu câmeras semiprofissionais, com as quais os alunos aprenderam técnicas básicas de fotografia e desenvolveram projetos de jornalismo. “As oficinas de jornal escolar incentivam o exercício da cidadania e da comunicação. Os alunos montaram dois jornais, o Jornal da Cinco e Os 5 Minutos, que trazem notícias e conteúdos da própria comunidade.

Eles mesmos são responsáveis pelas reportagens, pela escolha dos temas e pela produção das fotos, o que amplia a compreensão deles sobre o impacto de cada palavra e cada imagem”, compartilha.

Longa jornada de trabalho e troca cultural
A jornada do IBS em Montenegro não foi imediata. Aline menciona o longo processo de planejamento e a necessidade de adaptação devido às fortes chuvas que afetaram a região e a escola, que chegou a servir de abrigo para desabrigados. “Foi um caminho longo até estarmos aqui. Desde o começo do ano, estamos em contato com a escola e a comunidade. Originalmente, nossa ida estava marcada para maio, mas as enchentes atrasaram o projeto. Para nós, estar aqui agora e ver o resultado, ver como a cidade nos recebeu, é muito especial,” relata.

Em uma das oficinas de desenho, pequenos desenharam emoções nas próprias camisetas

Aline também comenta a importância da troca cultural entre profissionais de várias regiões do país. “Temos uma equipe multidisciplinar com profissionais que vieram do Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Bahia, São Paulo. Cada um de nós traz um pouco de sua própria cultura e essa troca enriquece a experiência. O acolhimento que tivemos aqui em Montenegro foi incrível,” conta ela, emocionada, ao recordar a recepção calorosa no aeroporto de Porto Alegre. “Quando cheguei, recebi uma sacola de boas-vindas com a frase ‘O Brasil abraçou o Sul e agora o Sul quer abraçar o Brasil’. Isso realmente simbolizou a união e a receptividade que sentimos aqui.”

Aline ressalta o sentimento de gratidão pela experiência na cidade e pela oportunidade de contribuir para a valorização da cultura local. “O Brasil é um país continental, com uma diversidade cultural incrível. Trazer esse projeto para o Sul e sentir esse abraço cultural reforça nosso compromisso com a educação e com a promoção da identidade e da cidadania,” conclui.

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