O motorista de aplicativo Edson Andreola Soares, de 43 anos, de Triunfo, foi encontrado sem vida em uma área de mato no município de Paverama, na quinta-feira, dia 1º. A vítima tinha ferimentos no rosto, causados por disparo de arma de fogo. Ele estava desaparecido desde a noite de 31 de agosto, quando foi chamado através do WhatsApp para pegar dois passageiros em Butiá e levá-los até Paverama.
O corpo foi localizado pela Polícia Civil sem documentos e celular. “Até então, não sabíamos quem era. Começamos a investigar e, através das redes sociais, descobrimos que um motorista de aplicativo havia sumido em Triunfo. E que, esse indivíduo teria sido contratado por duas pessoas para levá-las até Paverama”, conta o delegado responsável pela investigação do caso, José Reis. Segundo ele, a identidade foi confirmada ao ver a foto da vítima.
A partir de então, a polícia passou a rastrear a placa do veículo nas praças de pedágio. Em uma delas foi visto que outro indivíduo conduzia o automóvel. Na manhã do dia 1º, o carro foi visto passando o pedágio de Osório, em direção ao Litoral, e por volta das 14h30min retornou. “Imaginamos que eles iriam para Paverama, de fato isso aconteceu. A Brigada Militar montou barreiras e, por volta das 20h, o suspeito se aproximou do município”, detalha o delegado. O suspeito, de 22 anos, estava em companhia de uma jovem de 17. Ele fugiu do cerco da BM e só parou após bater o veículo roubado da vítima. Com ele, a polícia também encontrou o celular de Edson e a arma usada no crime.
Antes de sair de casa, o motorista de app disse à companheira que faria a corrida por se tratar de uma pessoa conhecida. Mesmo assim, para se sentir mais seguro, pediria emprestada a arma de um amigo, já que não conhecia o local para onde estaria indo.
Até o momento, o crime é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, mas a investigação ainda pode apresentar desdobramentos quanto a qualificação do fato. A Polícia vai apurar de quem era a arma encontrada com o suspeito. “Se a arma estava com a vítima e o suspeito a tomou e disparou, significa que o crime não foi premeditado. Mas, se a arma estava com o indivíduo quando entrou no veículo, dá para se interpretar de outras formas. Talvez essa morte possa ter sido encomendada”, avalia o policial civil. (CA)