Contêiner de lixo. Cada unidade custa mais de R$ 2 mil e pelo menos 15 já foram destruídas pelos vândalos
Os contêineres de lixo verdes e amarelos, feitos em polímero e aço, estão sumindo das ruas de Montenegro. O que chama a atenção é que não se trata de desgaste, mas de vandalismo. Na gestão do ex-prefeito Paulo Azeredo, foram adquiridas 80 unidades com capacidade de mais de 300 litros.
Cerca de 15 desses recipientes já perderam a utilidade. Alguns têm sido simplesmente queimados em atos de vandalismo. O último de que se tem registro foi em plena Ramiro Barcellos, na esquina com a Santos Dumont, na madrugada do último sábado. “A Secretaria Municipal de Meio Ambiente faz boletim de ocorrência, mas é muito difícil de alguém pagar pelo prejuízo. Também há a questão da impunidade”, desabafa o diretor de Limpeza Pública, Ezequiel Krahl.
Na região do Cais do Porto, ainda existem alguns desses contêineres pelas ruas. Um deles está quebrado e sem tampa, enquanto outro se encontra desbotado pela ação do tempo. O diretor de Limpeza diz que o custo de cada um para reposição é de aproximadamente R$ 2.200,00 e que há uma licitação em andamento para a compra de novas unidades, do mesmo tipo. “Estamos com processo de registro de preço aberto para fazer a aquisição”, revela Ezequiel.
Enquanto isso não acontece, uma alternativa é trocar alguns de local. “Temos muitos desses contêineres espalhados pela zona rural do Município.Vamos trazer alguns deles para a cidade. E lá vamos colocar outros, feitos de canos de concreto. Esse material não é tão simples de estragar, não tem como ser roubado e a durabilidade é maior”, aponta Ezequiel, lamentando a situação.
Pelas ruas da cidade os moradores sentem a falta das lixeiras, independente do tamanho delas. Mesmo as menores são importantes para reeduzir a sujeira.
Geneci Pereira, 64 anos, mora no bairro São João e diz que a iniciativa de espalhar lixeiras pelas ruas é muito boa. “Ajuda bastante. Poderia ter mais. O problema são os vândalos, que estragam tudo”, lamenta a dona de casa.
Recém vinda da região central do Estado a massoterapeuta Rosane Santiago Caetano, 46 anos, vê muita beleza, organização e limpeza nas ruas de Montenegro. “Moro aqui há pouco tempo, mas acho que as lixeiras poderiam ser de um material mais resistente e de fácil acesso, que facilite o manuseio para quem está na rua. É uma cidade agradável, mas tem coisas simples para resolver”, afirma.
Já o aposentado Vladimir Gomes Moussunni aponta que a comunidade também deve denunciar quando houver atos de vandalismo. “É dinheiro do nosso bolso. É de todos, temos que cuidar. Por outro lado, a Prefeitura tem que fazer a parte dela e recolher esse lixo. Olhe na volta aqui do Cais. As lixeiras estão abarrotadas e o povo vai largando no chão ou pendurando pelas árvores”, observa.
Aposentado e morador do Centro, Pedro Viana aponta para a necessidade de prevenir a ação de vândalos. “Acho que teria que ter uma maior vigilância para cuidar das lixeiras, do patrimônio público. Colocar a Guarda Municipal nas ruas e se eles virem uma situação de controle mais difícil, que acionem a Brigada Militar rapidamente. Já ia melhorar bastante”, opina.