Projeto quer melhorar o sistema de alerta de cheias

Robô idealizado por alunos da Escola Sesi Montenegro pode auxiliar os moradores das áreas alagadiças da cidade

O projeto de três alunos da Escola Sesi Montenegro está ganhando bastante destaque e pode ser uma importante ajuda diante de um velho problema do município. Os jovens William Cristiano de Mello, Gustavo da Mota e João Gabriel Von Mühlen – o primeiro com 17 e os outros dois com 16 anos de idade – desenvolveram um robô que emite alertas de possíveis enchentes no Rio Caí.

Gustavo conta que tudo teve início no ano passado, na disciplina de Robótica da instituição. “Nosso professor pediu para a gente analisar o cotidiano, olhando da perspectiva da cidade”, relata. Nenhum dos três mora em áreas alagadiças do município, mas alguns de seus colegas passam pela situação da enchente – no mínimo, anualmente – o que chamou a atenção do trio.

O protótipo do robô desenvolvido, na prática, terá que ser colocado na borda do Caí. Com um sensor na extremidade inferior, ele é instalado em uma esteira, movimentado-se para não ser molhado pela água. A partir de determinado nível identificado, um alerta é enviado para um aplicativo de celular, avisando que há risco de o rio transbordar.
Na concepção da iniciativa, o trio esteve em contato com a Tanac e com a Defesa Civil, para conhecer melhor os protocolos de medição aplicados. Ambas colocaram que é grande a quantidade de moradores que ligam sobre o estado das enchentes e o acompanhamento das cheias – o que seria resolvido pelo projeto dos estudantes.

Com sensor instalado na base, equipamento emite automaticamente o alerta de cheia para o celular dos moradores das áreas de enchentes

Ainda demandando adaptações, o projeto foi destaque no Salão Jovem Cientista em uma conceituada feira na PUC; e também durante o Sesi Com Ciência, em Porto Alegre. Além disso, William, Gustavo e João Gabriel tiveram o trabalho apresentado na Mostra Nacional de Robótica, que ocorreu em Curitiba, no Paraná.

Recentemente, ainda, a iniciativa foi reconhecida pelo vereador Cristiano Braatz (MDB), que, interessado pela ideia, viabilizou que os estudantes apresentassem o robô para o Comitê Caí, grupo responsável pelo gerenciamento da bacia hidrográfica. “Ter esse tipo de retorno, de alguém de fora, levanta a gente”, destaca William, feliz com o andamento do projeto.

O grupo afirma que não há fins lucrativos com o robô e garante que continuará lutando pelo seu sucesso, mesmo depois de formados na escola. Eles estão no segundo ano do Ensino Médio. O desafio, no momento, é resolver a comunicação do sensor com o aplicativo – que já está pronto, mas ainda não lançado – e, para isso, eles estão testando alguns componentes alternativos. O grupo também segue em busca de novos parceiros e entidades, que auxiliem no sucesso da importante iniciativa.

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