Maior apreensão de crack da história da Polícia Civil no Estado ocorreu em Montenegro

FORAM apreendidos 123 kg de crack e 59 kg de cocaína em um caminhão de arroz na RS-287

A Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, na tarde de quarta-feira, 27, após dois meses de investigação, realizou a prisão de um casal por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A ação ocorreu na RS-287, altura do km 10, entre as localidades de Muda Boi e Itacolomi, em Montenegro, quando os policiais interceptaram um caminhão carregado de arroz, onde estavam escondidas 120 unidades de crack, pesando 123 quilos, e 54 de cocaína, com peso de 59 Kg, totalizando 182 quilos de droga, que abasteceriam Porto Alegre e Região Metropolitana.

Em entrevista coletiva para a imprensa, realizada na manhã de ontem, quinta-feira, 28, o Chefe de Polícia do Estado, Delegado Fernando Sodré, destacou que esta é a maior apreensão de crack da história da Polícia Civil gaúcha, avaliada em mais de 5 milhões de reais. Ele salientou, ainda, a importância do trabalho investigativo, utilizando modernas ferramentas de inteligência, uma vez que o crack é um tipo de droga difícil de ser apreendido em grandes quantidades, devido à comercialização em porções muito pequenas. “Estamos atentos, investigando para cada vez mais enfrentar isso, dentro da estratégia de enfrentamento das criminalidades violentas. O tráfico de drogas é o pano de fundo de outros crimes como homicídio, tráfico de armas e outros”, ressalta o Chefe de Polícia.

Para chegar à maior carga de crack já encontrada em uma única vez pela Polícia Civil, os agentes monitoraram o veículo há pelo menos dois meses. Não foram divulgados maiores detalhes da operação para não atrapalhar a investigação, já que a Polícia espera chegar as lideranças da organização criminosa. Conforme foi apurado, a droga vinha da Bolívia e Paraguai, sendo depois transportada por via terrestre para a Região Metropolitana, onde era distribuída.

Além do motorista do caminhão e de sua esposa, presos em flagrante no veículo, as investigações prosseguem para identificar outros membros da associação criminosa voltada ao tráfico de drogas. Segundo o delegado Joel Wagner, da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, em dois meses o motorista preso fez o mesmo trajeto, sendo então interceptado. A Polícia ainda investiga quantas vezes já tinha realizado o transporte de drogas.

“Conseguimos chegar a essa apreensão por meio do monitoramento de um indivíduo que realizava o transporte das drogas no Estado”, afirma o delegado, ressaltando que os entorpecentes vinham de outros países. Foi apurado que inicialmente ele estaria distribuindo maconha e então foi monitorada a sua movimentação e veículos utilizados, entre eles a carreta. “A droga chegava no norte do Estado, não se sabe se por via aérea ou outro meio, sendo depois transportada pelo caminhão”, diz o delegado Joel Wagner, dizendo que ao ser questionado se viu o nervosismo do casal.

Segundo a Polícia, o casal não possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, mas tinha conhecimento da droga no caminhão e integra uma facção criminosa. O caminhoneiro já teria passagem pela polícia por outro delito, relativo a bens patrimoniais.

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