Pais de bebê internado desde o nascimento precisam de ajuda

Vakinha foi criada para ajudar a arcar com custos excessivos

Antony Peres dos Santos tem pouco mais de 30 dias de vida e até hoje não saiu da UTI neonatal do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, onde nasceu com 36 semanas. O motivo da internação é a dificuldade de deglutição que o pequeno tem, ou seja, Antony não consegue engolir nem mesmo a saliva, por isso, se alimenta através de sonda. O objetivo da deglutição é transportar o bolo alimentar para o estômago e realizar a limpeza do trato respiratório, e é neste processo que Antony apresenta problemas.

Segundo a mãe, Jéssica Cristina Peres, 27, a equipe médica constatou a dificuldade de engolir. Trata-se de um ato neuromuscular de grande complexidade que se inicia na vida fetal, mais precisamente na oitava semana de gestação. É uma ação automática comandada pelo tronco cerebral. Ela ainda descreve que sem previsão de alta, o filho passa por vários exames para um melhor diagnóstico.

Tanto a mãe quanto o pai, Danilo Mathias dos Santos, 40, residem em Montenegro e precisam se deslocar todos os dias para o hospital na capital. Isso tem gerado altos custos, se somado ao valor dos pedágios. O pai ainda destaca gastos com medicações que não são fornecidas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. Outro fator que ainda agrava a situação da família, que conta com mais dois filhos, um de 17 e outro de 6 anos de idade, é a compra de itens necessários para fornecer qualidade de vida ao Antony. Um exemplo é o aparelho de aspiração adquirida pelos pais, indispensável para o filho.

Danilo também lembra que apenas um responsável tem o transporte fornecido pela Prefeitura Municipal, por isso, Jéssica vai todos os dias para o hospital. “Eu com recursos próprios venho para cá [hospital] sábado e domingo e tento vir o resto da semana. Nossos amigos e colegas estão nos ajudando bastante. Nós temos um carrinho velho que começou a dar problema mecânico bem agora, nesse momento difícil”, lamenta.

A preocupação é mensurar os gastos que a família tem e ainda terá, já que Antony deverá continuar se alimentando através da sonda por tempo indeterminado. “A gente já gasta com combustível e daqui a pouco também tem que comprar coisas para ele, porque nada mais serve. Está bem complicado. Toda ajuda que vier é bem-vinda, até mesmo de orações”, ressalta o pai.

Como ajudar?
Por conta de todos os gastos excessivos, os pais de Antony criaram, no início de junho, uma Vakinha on-line. Com 40 apoiadores até o início de segunda-feira, 6, a Vakinha havia arrecadado pouco mais de R$ 1.700. Através do QR Code, você pode doar algum valor através de cartão de crédito, PIX ou boleto.

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