No Dia Mundial do Câncer, médicos fazem alerta por bons hábitos

A cada ano, são feitos 12 milhões de diagnósticos de câncer no mundo. Apenas no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2016, foram 600 mil novos casos. Apesar da carga genética trazida por cada indivíduo, a ciência já comprovou que os hábitos de vida são importantes gatilhos para o surgimento de diversos tipos da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que grande parte dos casos está relacionada ao modo de vida. Nesse domingo, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer e profissionais da saúde aproveitam a data para alertar pela prevenção.

Andrey Soares, médico oncologista clínico. FOTO: reprodução internet

“O incentivo à prática constante de exercícios físicos, dieta equilibrada, consumo moderado de bebidas alcoólicas e outras medidas simples surge não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados do câncer como uma maneira de promoção à qualidade de vida e bem estar geral”, diz Andrey Soares, médico oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia. Essas medidas contribuem também para a potencialização do processo de tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença e outras condições, como diabetes e hipertensão.

Em alguns tipos de câncer, o especialista destaca, o impacto dos hábitos é muito alto. A exposição ao sol, por exemplo, é decisiva no surgimento do câncer de pele, mesmo para pessoas sem uma pré-disposição, como as de pele mais bronzeada ou negra. A mesma relação pode ser feita entre os fumantes e o desenvolvimento do câncer de pulmão.

Mas não é só isso. Sobrepeso e sedentarismo estão no topo dos fatores que afetam especialmente a saúde da geração de adultos nascidos nos anos 1990. “Millennials têm o dobro de risco de desenvolver câncer no cólon (segmento do intestino grosso) e quatro vezes mais chance de receberem um diagnóstico de câncer no reto em comparação à geração Baby Boomers, indivíduos com 55 anos ou mais, apenas para citar mais um exemplo dos malefícios do sedentarismo e da ingestão de alimentos pobres em vitaminas e fibras”, afirma o oncologista, citando estudo recentemente promovido pela Sociedade Americana de Câncer.

Prevenção também no Carnaval
A Fundação do Câncer, uma entidade que há mais de 25 anos apoia ações de prevenção da doença, aproveitou a data, que esse ano caiu a apenas uma semana da principal festa popular do Brasil, para lembrar que o Carnaval não pode ser sinônimo de descuido. Eles listaram alguns cuidados necessários durante o Carnaval, seja aproveitando praia, desfiles ou os blocos de rua.

Pule Carnaval sem descuidar da saúde. FOTO: reprodução internet

Exposição ao sol: sempre antes das 10h e após as 16h. Fora desses períodos, a radiação solar é muito perigosa, pois favorece o envelhecimento precoce e aumenta os riscos de desenvolver câncer de pele. Mas o sol não é inimigo. Nos horários recomendados, ele ajuda a garantir a absorção de vitamina D, que fortalece os ossos.
Cuidados na praia ou na avenida: seja na praia, na avenida ou em qualquer local onde haja exposição ao sol, a proteção é sempre a melhor opção. Por isso, use sempre chapéus, bonés, roupas com proteção UV e guarda-sol (feito de algodão ou lona, evitando barracas de nylon). É essencial o uso de filtro solar com, no mínimo, FPS 30, contra radiação UVA e UVB, no corpo e nos lábios.

Alimentação leve: procure comer, no mínimo, cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes. Dê preferência a alimentos cozidos ou assados e inclua grãos, cereais integrais, leite e derivados desnatados em suas refeições. Não é por ser Carnaval que tudo está liberado. Cuidado com os alimentos cuja procedência você desconhece.
Mate a sede com água: a hidratação é outro item bem importante. Por isso, use e abuse de água e dos sucos naturais. Não se engane consumindo apenas bebidas alcoólicas, elas não matam a sede. Seu corpo precisa de água.

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