Motoristas protestam por mais segurança

Motoristas que trabalham pelo sistema de aplicativo se reuniram no começo da noite dessa terça-feira,  dia 1º, para uma mobilização que pediu por mais segurança. A iniciativa foi motivada pelo latrocínio do colega de profissão,  Israel Patrick Parcianello (Gael), de 38 anos, ocorrido na madrugada dessa terça-feira.

Os condutores se reuniram em um posto de combustíveis, na rua Buarque de Macedo, de onde se deslocaram até a Central de Polícia Civil do Vale do Caí, onde funciona a Delegacia Regional e a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

O motorista Vlademir Boeira da Silva Boos relata que, além de pedir mais segurança às polícias Civil e Militar, o grupo quer chamar a atenção da própria empresa de aplicativo, a qual são cadastrados. “A gente pode ser assaltado, sofrer violência, e o aplicativo não nos dá apoio. A empresa ouve o passageiro, mas, oportunidade para o motorista explicar o que aconteceu não temos.

Motorista por aplicativo há quase quatro anos, Gevoni Lermenn defende que seja feita uma triagem dos usuários do app, assim como ocorre com o condutor que deseja se cadastrar para trabalhar através do sistema. “Acho que o aplicativo deveria ‘filtrar’ mais o passageiro, pesquisar a vida dele. Se ele tiver envolvimento com alguma ocorrência, não deve ser dada autorização para uso do app”diz Gevoni.

“A gente busca mais segurança para poder trabalhar tranqüilo. É o segundo parceiro morto em Montenegro em pouco tempo. Primeiro foi o taxista, o Alemão, e agora nosso colega”, comenta Vlademir sobre o assassinato do taxista Marcelino Andre da Silveira, ocorrido em outubro de 2020.

Com receio do que possa acontecer nas madrugadas, alguns motoristas planejam mudar os horários de atendimento. “Acho que a maioria vai trabalhar até as 22h, 23 horas e acabou. Eu não faço mais corridas na madrugada e acredito que a maioria também não vai fazer”, conclui Vlademir.

 

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