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Mortes por Aids caem no estado

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Mortes por Aids caem no estado
Reunião do Grupo Unaids reforçou necessidade de manter prevenção. Foto: Juliana Baratojo/Especial Palácio Piratini

O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro a assinar a Declaração de Paris, em dezembro de 2015. O documento estabelece metas até 2020, que são conhecidas como 90-90-90. Significa que 90% das pessoas que vivem com o HIV façam o teste; que 90% destas estejam em tratamento antirretroviral; e que, destas, 90% tenham carga viral indetectável.

Até o momento, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o estado tem 90% pacientes diagnosticados, sendo que 66% fizeram o teste. Destes, 72% estão em tratamento antirretroviral, e dentre eles 90% tem carga viram indetectável. Quanto as mortes, o número ainda é alto, mas há uma tendência de queda. Apenas no Rio Grande do Sul a taxa de mortalidade reduziu 17,2% entre 2006 e 2016.

Ainda assim, o Governo mantém a comunidade em alerta; em ação que inclui os cidadãos e os governos municipais, estaduais e federal. O secretário de estado da Saúde, Francisco Paz, observa que vários fatores precisam ser combatidos, com ênfase à educação. “A descoberta da medicação que reduz a mortalidade não significa que a doença é menos grave.

RS é o primeiro a fornecer medicamento pelo SUS para prevenção do HIV. Foto: Divulgação/SES

As pessoas não podem descuidar e deixar de se proteger porque existe medicação”, disse, durante a segunda reunião do Grupo de Trabalho da Unaids 2018. O encontro aconteceu nesta semana, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, sendo a primeira vez que ocorreu fora de Brasília.

 

Números da Região Sul

Entre janeiro de 2007 e janeiro de 2017, foram notificados 194.217 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo que 40.275 foram na Região Sul e 18.901 no Rio Grande do Sul. Em relação à mortalidade (com dados de 2016), a média nacional é de 5,2 óbitos para cada 100 mil habitantes. Na Região Sul, são 6,7 óbitos para cada 100 mil habitantes; e no Estado 9,6 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Mobilização não pode parar

Há 35 anos o cientista francês Luc Montagnier isolava o vírus do HIV/Aids pela primeira vez em laboratório. Passado esse período, após pânico causado nos anos 80, a discussão sobre a doença ainda é muito necessária. Isso inclui as famílias, as escolas, os meios de comunicação, as organizações não governamentais e o Poder Público. O GT Unaids (Grupo Temático Ampliado das Nações Unidas sobre HIV/Aids) é um dos braços do Unaids, o programa da ONU que busca soluções para combater a enfermidade no mundo inteiro. Com a colaboração de parceiros globais, nacionais e regionais, a meta é acabar com a epidemia da Aids até 2030.

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