Morte de Marcelinho completa um ano e caso ainda aguarda esclarecimentos

RECOSNTITUIÇÃO da ocorrência foi solicitada ao Instituto Geral de Perícias do Estado

Na próxima segunda-feira, dia 10, completa um ano da morte de Marcelo Júnior dos Santos Teixeira, o Marcelinho, aos 18 anos, ocorrida no bairro Santo Antônio, em Montenegro. Após 12 meses de investigações e oito perícias realizadas, o caso ainda aguarda esclarecimentos. A Defesa da família do jovem, morto ao ser atingido pelas costas por disparo de arma de fogo, encaminhou pedido de reconstituição da ocorrência ao Instituto Geral de Perícias (IGP). A Reprodução Simulada dos Fatos tem como objetivo obter mais detalhes sobre os acontecimentos ocorridos na noite do assassinato do garoto.
A perícia de reconstituição foi solicitada no mês de outubro do ano passado e já foi submetida à triagem pela equipe responsável. Conforme o IGP, seguindo os critérios de prioridade e data de recebimento da solicitação, ainda não há previsão para o atendimento.

O delegado André Roese, encarregado pela investigação da Polícia Civil, explica que a Reprodução Simulada pode esclarecer melhor a dinâmica dos fatos. Conforme o delegado, ainda é aguardado o resultado da perícia no celular que pertencia a Marcelinho.

Marcelo Júnior Teixeira tinha 18 anos. Foto: Facebook de Marcelo Júnior Teixeira

Ao todo, até o momento, dez perícias referentes ao caso foram solicitadas pela polícia. Destas, de acordo com o IGP, oito já foram concluídas e disponibilizadas. O laudo da necropsia foi liberado em maio. O exame de balística (confronto de projetis) foi finalizado em setembro. Dois telefones celulares foram entregues pela investigação em junho e aguardam perícia. Esta análise está em fila de atendimento de urgência.

A advogada da família aguarda o agendamento da perícia para reconstituição dos fatos e, após, a conclusão do inquérito pela Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com a família de Marcelinho, mas, foi informada que não irão falar neste momento.

A Brigada Militar, através do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Caí, instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. Em abril, o então comandante do CRPO/VC, coronel Márcio Luz, informou que havia sido solicitada prorrogação para conclusão do inquérito, isso por que ainda faltavam laudos. Já em agosto, com prazo expirado para apresentação do inquérito, o Comando Regional encaminhou seu relatório para o Tribunal Militar.

Contudo, devido à ausência do laudo de balística – que foi disponibilizado no dia 13 de setembro – , o comandante do CRPO/VC, tenente-coronel Rogério Pereira Martins, considerou precária a conclusão do parecer. “Não teve como base o resultado da perícia, apenas provas documentais e testemunhais disponíveis nos autos. Fizemos a remessa do IPM, pelo decurso de prazo, ou seja, terminou o prazo sem que houvesse a conclusão da perícia”, relatou na época. A reportagem solicitou, ao Comando novas informações sobre o andamento do precesso. Contudo, foi informada de que, em razão das férias do tenente-coronel Pereira Martins, não haverá resposta neste momento.

Relembre o caso Marcelinho
O jovem Marcelo Júnior dos Santos Teixeira foi morto, na madrugada de 10 de janeiro, no bairro Santo Antônio, ao ser atingido por um tiro efetuado por um policial militar durante perseguição à motocicleta na qual estava no carona. O condutor não obedeceu as ordens de parada, em uma tentativa de abordagem da Brigada Militar, e entrou em fuga.
Conforme a Polícia, os garotos estavam em atitude suspeita e teriam deixado cair drogas durante a fuga. A família de Marcelo defende que o jovem não apresentava conduta que apontasse para envolvimento com entorpecentes.

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