O Relatório de Economia Bancária do Banco Central deve ser divulgado na próxima segunda-feira, dia 7. Mas a entidade já divulgou uma parte dele, que certamente vai chamar a sua atenção. Em relatório, a autoridade monetária do País aponta que 23,6 milhões de brasileiros estão pagando taxas de juros acima das médias praticadas no mercado. Pode bem ser o seu caso! O material visa alertar as pessoas quanto à portabilidade de crédito – a possibilidade de troca da dívida de uma instituição financeira para outra – e a importância da renegociação dos contratos.
Consignado
Aparentemente, o principal “vilão” é o crédito consignado, aquele descontado diretamente em folha de pagamento. Com dados de dezembro de 2020, o Banco Central apontou que 47% dos brasileiros que têm empréstimos na modalidade pagam taxas de juros acima de 25% ao ano. As taxas médias, por outro lado, giram em torno de 19,7%. Confira em quanto está o seu!
Financiamento do carro
Outro crédito apontado pelo Banco Central é o financiamento de veículos. Segundo a entidade, 28% dos contratos também estão com taxas de juros acima de 25% ao ano; enquanto as taxas médias praticadas giram em torno de 19,3% ao ano. Tem bastante espaço pra reduzir!
Financiamento imobiliário
Traz o Banco Central, ainda, que os financiamentos imobiliários também tem potencial de redução. Apesar de estarem com taxas mais atrativas, ainda 493 mil contratos estão vigentes com taxas de juros acima de 10% ao ano. É um saldo de R$ 63 bilhões em crédito. A taxa anual média praticada, alerta a autoridade monetária, gira em torno de 7%.
Busque melhores condições!
O grande objetivo do Banco Central ao apresentar as informações é evidenciar o potencial não utilizado de portabilidade de crédito no País, mesmo diante do cenário de redução das taxas de juros, com a Selic bem abaixo do patamar em que costumava se encontrar. A modalidade de transferência das dívidas foi criada em 2006, mas ainda é pouco popular. Em 2020, segundo o órgão, 6,3 milhões de solicitações de troca de crédito de uma instituição financeira para outra foram feitas. Dessas, 62% foram efetivadas e 13% foram retiradas após negociações com o cliente.
O estudo da entidade mostra que, em 2020, a portabilidade no crédito consignado apresentou redução média de 5,7 pontos percentuais nas taxas de juros; um índice expressivo. Ao avaliar propostas de outros bancos, os resultados da troca também resultaram em variação do número de parcelas e em alongamento do prazo para pagamento. Muitos também buscaram empréstimo a mais com a operação. “Para parte significativa das operações portadas nessa modalidade, a principal motivação parece ser a obtenção de crédito adicional e/ou ampliação do prazo”, traz o relatório. Sobre o crédito imobiliário, o Banco Central aponta que a portabilidade garantiu redução média de 2,9 pontos percentuais nas taxas; e redução de parcelas.
É ir pra negociação. Muitas vezes, o próprio banco que já tem o contrato se dispõe a negociar ou aceitar propostas mais atrativas ao conhecer a intenção de portabilidade do cliente. Para conhecer a oferta do mercado, o caminho é pegar todas as informações do empréstimo e ir nas demais instituições financeiras buscar propostas. Muitas têm canais digitais para fazer isso sem sair de casa. A portabilidade não tem custo, embora algumas empresas cobrem por abertura de conta, então é um ponto a observar. Quem sabe você não acha um caminho para se livrar mais rápido de uma dívida que está te tirando o sono?
Negociação de dívidas com a Corsan
Lançado em setembro do ano passado, o Programa de Negociação de Dívidas com a Corsan terminaria no último dia 31, mas foi prorrogado por mais um ano. Há descontos importantes para quem tem contas de água antigas em aberto com a estatal. Para as faturas vencidas entre 1/8/2015 e 31/7/2019, são oferecidos descontos de 99% sobre os valores referentes a multa e juros para pagamento à vista; ou 50% sobre os valores de multa e juros no parcelamento, bem como isenção total de juros futuros. No caso das faturas vencidas até 31/7/2015, há isenção total de multa e juros e desconto de 50% sobre o valor da dívida para pagamento à vista; ou desconto de 50% sobre os valores de multa e juros no parcelamento, além de isenção total de juros futuros.
O parcelamento ocorre mediante o pagamento de 35% na entrada e o restante em até 12 parcelas. Se for feito com cartão de crédito, não é preciso dar entrada. A parcela mínima é de R$ 300 para a categoria residencial subsidiada e de R$ 50 por economia para as demais categorias.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-6466444 ou nos escritórios locais da companhia. Para atendimento presencial, é necessário agendamento prévio por meio do app da Corsan, no site corsan.com.br ou pelo 0800.
Conta de luz tem aumento neste mês
A conta de luz fica ainda mais cara a partir de junho. É que a Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, acionou a bandeira tarifária vermelha, patamar 2; a última da escala. Com isso, cada 100 quilowhatts/hora consumido tem um custo adicional de R$ 6,00.
As dicas mais básicas de economia, nesse sentido, são válidas de lembrança. Tomar banhos mais curtos, de até cinco minutos; evitar abertura constante da geladeira; não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado; usar lâmpadas econômicas; e retirar os aparelhos da tomada durante longas ausências podem ajudar a minimizar o impacto.
Esse acréscimo, justica a Aneel, se deve à falta de chuva nas regiões das principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional. Os níveis estão baixos e, sem expectativa de melhora para este mês, é preciso aumentar a produção das termelétricas, que é mais cara. Daí, o aumento.
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