Mamógrafo do HM funcionou por pouco mais de 8 meses e estragou

Pouco mais de oito meses do início do funcionamento, o mamógrafo do Hospital Montenegro 100% SUS, comprado ainda no governo Paulo Azeredo, parou de funcionar. Desde março, a diretoria da instituição busca resolver o problema, mas não há previsão de quando o aparelho será devolvido ao uso da comunidade. Ele estragou no fim de janeiro.

A situação veio a público após entrevista da vereadora eleita, Ana Paula Machado, à Rádio Ibiá Web. Ela é funcionária pública e atua no setor de exames da secretaria de Saúde de Montenegro. “A gente tem essa deficiência no Município. A gente tem que mandar o pessoal pra fora pra fazer mamografia e tivemos muita dificuldade, em outubro, que era o mês de prevenção ao câncer de mama”, relatou.

Em nota, a diretoria do hospital explicou que o mamógrafo funcionou até o dia 27 de janeiro, quando uma descarga elétrica atingiu o prédio da casa de saúde e o equipamento não ligou mais. “Em avaliação técnica, foi constatado que este modelo de equipamento se encontra obsoleto, dificultando a reposição da peça danificada, estando o HM em busca de um fornecedor que atenda tal necessidade”, escreveram os responsáveis, garantindo que estão atuando em diferentes linhas de frente em busca da solução, “tendo em vista que o referido serviço é de suma importância para a região.”

Em pleno funcionamento, o mamógrafo vinha fazendo, em média, 272 exames ao mês. Mas a direção do hospital garante que a população não se encontra totalmente desassistida nesse quesito. “3/4 dos municípios referenciados conseguem encaminhar seus exames para outros prestadores”, colocou. O valor estimado para o conserto do aparelho é de R$ 74,5 mil.

Por anos, após a compra, equipamento ficou parado na caixa

Mais um percalço na “saga do mamógrafo”
O mamógrafo foi adquirido quando Paulo Azeredo ainda estava à frente da Prefeitura, mas sem que houvesse um lugar certo para o seu funcionamento. Iniciou-se um impasse e, nesse meio tempo, ocorreu o impeachment, e Luiz Américo Aldana, novo chefe do Executivo, chegou a cogitar a possibilidade de devolver a máquina.

Foi quando o Hospital Montenegro manifestou interesse em instalar o equipamento em suas dependências com a condição de que fossem realizadas obras de adequação do espaço onde isso ocorreria. Então surgiu um convênio no fim de 2015 e até foi feito um primeiro repasse para que as intervenções iniciassem.

Mas no caminho, atrasos, falta de comunicação entre as partes e problemas com prestações de contas levaram ao vencimento do convênio e a paralisação do processo em junho de 2016. E com impasses para a realização de um novo acordo e até o risco de perda da garantia do produto, acabou sendo necessário o envolvimento do Ministério Público para desenrolar a questão.

Se teve que buscar recurso de outras frentes até que a obra da sala do mamógrafo pudesse ser concluída; e, ainda assim, houve mais um tempo de espera até que o Estado, também através de convênios, repassasse valores para o custeio da operação do equipamento. Ele acabou só entrando em operação, mesmo, na segunda quinzena de maio do ano passado.

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