O frigorífico Nicolini, de Garibaldi, firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho. No documento, a empresa se compromete a paralisar suas atividades e realizar avaliação clínica individual em seus trabalhadores, submetendo-os a testes para identificação da Covid-19 e realizando procedimentos de busca ativa, com vistas a identificar eventuais contatos de trabalhadores com pessoas suspeitas ou confirmadas de contaminação.
A medida tem como objetivo conter a disseminação de surto da doença na unidade da Serra, que já alcançou quase 60 trabalhadores. A fábrica, que emprega cerca de 1.500 pessoas, deve retomar as atividades parcialmente no dia 11 de maio, com capacidade reduzida a 25% e só operada por empregados que tenham resultado negativo para a doença. Após mais 14 dias, volta à atividade o restante dos empregados também negativos.
Em São Sebastião do Caí, todos os moradores que trabalham na empresa foram testados. O resultado de cinco já voltou positivo para o novo coronavírus. De Montenegro, quase 30 também trabalham no frigorífico da Serra e estão recebendo acompanhamento da Prefeitura, ainda que sem teste, COMO VOCÊ LÊ AQUI.
Dentre as medidas ajustadas no Nicolini, destacam-se a reorganização do fluxo dos trabalhadores para eliminar aglomerações, especialmente em espaços comuns e setor produtivo da fábrica; adoção de sistema de renovação de ar; e distanciamento de empregados na linha de produção. O documento é específico para o contexto de pandemia de Covid-19 e implementa diretrizes de prevenção e combate estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por órgãos municipais, estaduais ou federais da área.
O TAC também prevê os períodos de afastamento remunerado para suspeitos de Covid-19, limitação de empregados transportados por veículo fretado, realização de vacinação trivalente, também gratuita, contra influenza A (H1N1), A (H3N2) e B dos empregados, de modo a melhor identificar os casos sintomáticos de coronavírus e evitar infecções.