Montenegro recebeu na tarde deste domingo, 7, um evento repleto de cultura, música e movimento: o 1º Festival Cultural Capoeira Modelo. Organizado pelo Grupo Capoeira Modelo Oxóssi, liderado pelo Mestre Submission Claiton Crovatto e a Mestre Ciganinha Sheila, o festival trouxe uma celebração da capoeira, esporte e manifestação cultural que tem suas raízes profundas na Bahia.
A primeira edição do festival, que contou com o apoio da Prefeitura e foi financiada pela Lei Paulo Gustavo, reuniu entusiastas e praticantes de capoeira de diversas regiões no Parque Centenário. “Minha ideia com o festival é mostrar mais uma cultura para a comunidade”, explica Claiton. “É a primeira edição e estamos muito satisfeitos com a recepção. Trouxemos gente de várias regiões para prestigiar nosso evento e, mesmo com as adversidades, como a enchente que nos forçou a adiar o festival, tudo está ocorrendo conforme planejado”, disse.
A programação do festival incluiu oficinas de capoeira, que aconteceram durante a tarde e foram conduzidas por mestres renomados. Entre eles, estava Alessandro Jesuíno dos Santos, que veio especialmente de Roma, onde reside e trabalha como mestre de capoeira há 30 anos. “Este evento é uma excelente oportunidade para intercâmbio cultural. Vim prestigiar e também conduzir oficinas. É emocionante estar de volta ao Brasil e ver a capoeira ganhando cada vez mais espaço”, destacou Jesuíno.
No final da tarde, houve uma roda de capoeira onde crianças da academia Ox Training receberam sua primeira graduação, um momento conhecido como “batizado”. Para muitos, foi a primeira vez jogando na roda com mestres, uma experiência significativa tanto para os novos capoeiristas quanto para suas famílias. “Hoje é um dia especial para nossos alunos. Eles estão recebendo sua primeira cordinha, um símbolo importante no caminho da capoeira. A emoção é grande, tanto para eles quanto para nós, organizadores”, comentou Claiton.
Além do evento deste domingo, haverá contrapartidas em forma de oficinas em escolas e apresentações ao ar livre. “Queremos continuar esse trabalho, levando a capoeira para mais lugares e envolvendo ainda mais pessoas. As contrapartidas serão uma forma de agradecer pelo apoio recebido e de compartilhar a riqueza dessa cultura com todos”, afirmou Claiton.
O evento, além de celebrar a capoeira, trouxe à tona a importância da valorização e da preservação das tradições culturais brasileiras. Para Claiton, a capoeira, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, é mais do que uma arte marcial; é uma manifestação de resistência e identidade cultural. “Este festival é um marco para Montenegro. Estamos abrindo portas para outras culturas e promovendo um intercâmbio que só enriquece nossa comunidade”, conclui.
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