Pessoas com o popularmente conhecido “nome sujo” têm dificuldade para conseguir acesso a determinados serviços financeiros. A maioria das instituições faz consulta ao CPF dos potenciais clientes, com seu histórico de dívidas, antes de decidir se libera um empréstimo ou um financiamento, por exemplo. Limitam, assim, as chances de alguém já inadimplente se enrolar ainda mais e lhes ficar devendo. No entanto, há sim, algumas modalidades que podem ser acessadas por negativados que precisam de dinheiro para alguma emergência ou para pagar as contas que acabaram saindo do orçamento. Elas só acabam tendo algumas diferenças das oferecidas ao público em geral, levando em conta o perfil “mais arriscado” da operação para quem está emprestando. Veja as principais.
Microcrédito – Esse é um empréstimo “micro”, de pequeno valor, voltado a pequenos empreendedores formais e também a informais que não conseguem acessar linhas convencionais, especialmente por estarem negativados. A taxa de juros pode variar, mas costuma girar entre 2% e 4% ao mês.
CONSIGNADO – A modalidade costuma ser relativamente mais fácil de contratar e pode ser opção a quem está com o nome sujo, já que o valor da parcela é descontado diretamente da folha de pagamento ou do benefício pago pela Previdência. Como a parcela está atrelada ao salário, a instituição financeira tem uma maior garantia do pagamento; por isso, costuma oferecer taxas de juros menores, mesmo ao negativado. Os juros vão de 1,5% a 5% ao mês.
BENS COMO GARANTIA – Nesse tipo de empréstimo, um imóvel ou um carro são colocados como garantia do pagamento. A pessoa segue usufruindo do bem, mas não pode vendê-lo ou trocá-lo até que a dívida seja quitada. De modo geral, as taxas de juros ficam próximas a 1% ou 2% ao mês.
Espere! Comece analisando o que te levou ao vermelho
Conhecidos os tipos principais, atenção! A saúde financeira de uma pessoa negativada, é óbvio, exige isso. É preciso cuidado e planejamento antes de contratar uma nova dívida que, ao contrário do pretendido, possa tornar uma situação ruim ainda pior – com a perda de um bem ou um montante ainda maior de juros acumulados, por exemplo.
Nesse sentido, o passo inicial é entender o tamanho da dívida que te deixou com o nome sujo, para começo de conversa: as suas respectivas taxas de juros e possibilidades de negociação. Coloque tudo no papel, visualize as que estão corroendo a maior parte do orçamento e tente priorizá-las. O credor lhe dá possibilidade de negociar mais prazo? Você pode tentar acessar a portabilidade e passar a dívida para outra instituição financeira que ofereça taxas menores? O que você pode economizar e cortar de gastos para afazer sobrar dinheiro para quitar essas contas?
Mesmo se você, feitas essas análises, entendeu que não há outra opção se não um novo empréstimo, vá com calma! Procure entender as condições que estão lhe oferecendo, como negativado. Entenda a oferta em detalhes: com suas taxas, as possibilidades de gerenciamento de parcelas e o que ocorre caso alguma quota seja atrasada. Não salte na primeira oferta que lhe fizerem, às pressas, sem pesquisar as outras possibilidades do mercado. Se está com dúvidas sobre a idoneidade da empresa que está lhe oferecendo o crédito, não hesite em consultar sua regularização através dos canais de atendimento do Banco Central. O foco é, num cenário que já é de aperto financeiro, tomar uma decisão acertada e que possa lhe auxiliar a voltar para o azul.
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