Curiosidade: De onde vêm os ovos?

No campo. Granja Kranz recebeu bebês atentos e empolgados em descobrir

Muitas pessoas que lerão está reportagem têm boas histórias da infância para contar, a respeito de jogar bola na rua, comer fruta do pé e pegar ovo no galinheiro. Mas as crianças da cidade, hoje em dia, não conhecem nada sobre a vida livre, sobre bichos e de onde vêm os alimentos. Sorte dos estudantes que estão recebendo dos professores a oportunidade de visitar a Granja Kranz, no interior de Montenegro.

Kranz deu a dica: não lavar os ovos antes de guardar

Cinco bebês do Berçário 1 da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Tio Riba tiveram uma tarde de sexta-feira, 11, de descobertas na propriedade de Felipe Kranz, em Alfama. Arriscando passinhos curtos, não tiveram medo de entrar no galpão com dezenas de galinhas. Samuel Henrique Machado Pereira, 1 ano, era o mais empolgado, tanto que na chegada, vendo de longe, balbuciou “pipi, pipi”. Assim que a mãe Paula o soltou, o piá se perdeu no meio das aves, tentando pegar cada uma que passava na sua frente.

Brayan de Souza da Silva, 1 ano, teve um pouco mais de receio, mas não deixou de tocar naquela que Kranz trouxe. Em outra ponta do galpão, Miguel Kuhn da Silva, 1 ano, também curtia a aventura de se aproximar dos bichinhos. Uma animação que foi acalmada com lanchinhos e mamadeira à sombra do arvoredo. E os pequenos foram privilegiados, pois, esta que é a quinta escola a realizar a visita, foi a primeira a ter hora do conto. A professora aposentada, e ex-docente na Tio Riba, Sandra Born, usou fantoches para contar a história do “Pintinho Amarelinho”.

Rolou interação. Ambos os lados curiosos e atentos

Mesmo sem deixar de dar mais atenção às comidinhas, o público interagiu; pois, como explica a professora da turminha, Liani Nunes, a canção é conhecida por eles. Aliás, foi isso que motivou esta atividade externa. Ela recorda que as crianças adoram acompanhar o Pintinho Amarelinho com gestos, assim como a Galinha Pintadinha, que também é sucesso na B1. E alguns já arriscam algumas palavras. “Quando vêm o DVD já dizem pópó, pópó”, ilustra. Então, Liani soube da receptividade de Kranz e resolveu levá-los para conhecer uma galinha real, além de relaxar fora da sala de aula.

Kranz gostou da ideia de receber as crianças
O empreendedor Felipe Kranz, 29 anos, tem a maior satisfação em receber a criançada na granja que abriu há nove anos. Ele ficou chateado por não lembrar o nome da professora da Escola Municipal Adolfo Schüller que foi a primeira a propor um passeio. Ela queria fazer um dia de campo com seus alunos que, em sala de aula, estudaram a respeito do ovo.

Coragem: Samuel passou o fio e Miguel tirou o boné. Então, saíram atrás das aves

Assim surgiu um projeto informal que soma ainda a participação da Emei Gente Miúda, Escola Estadual Januário Correa e Colégio São José. “A gente tenta interagir, porque as crianças da cidade não têm esse conhecimento”, observa. O criador observa que, mais ou menos, as crianças chegam sabendo de onde vem o ovo, devido aos trabalhos em sala de aula. Todavia, algumas nunca tinham visto uma galinha.

“E nós aqui da granja gostamos da ideia”, confirmou. A única ressalva é o agendamento com antecedência, pois, para evitar a fadiga dos animais com a movimentação, ele precisa limitar a uma visita por mês. O número de estudantes também precisa ser combinado. Kranz mostra o aviário, os dois sistemas de trabalho – galinhas livres e em galpões – e dá dicas sobre conservação e consumo de ovos.

 

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