Montenegro. Assunto será discutido no Grupo de Gestão Integrada do Município
As brigas ocorridas nas ruas após a realização de festas em clubes sociais em Montenegro têm chamado a atenção neste ano. As instituições investem em segurança privada para cuidar do que ocorre dentro dos locais, não tendo responsabilidade pelo que acontece fora deles. Por outro lado, o aumento do policiamento nos arredores, medida bem-vinda para acabar com essas ocorrências, esbarra na falta de efetivo.
A questão tem chamado a atenção da Brigada Militar. Inclusive, foi um dos assuntos tratados durante reunião do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) nessa segunda-feira, 19. Além disso, o tema será levado para discussão no Grupo de Gestão Integrada do Município. A ideia é dividir a responsabilidade com outros órgãos, como Ministério Público, Conselho Tutelar e Polícia Civil. Nesta oportunidade, também será falado sobre as festas com som alto nos postos de combustíveis.
Na madrugada de domingo, 18, foi registrada uma briga envolvendo jovens na Praça Rui Barbosa, em frente ao Clube Riograndense, onde estava sendo promovido um evento. O gestor da instituição, Adriano Oliveira, ressalta o fato de não ter ocorrido nenhum desentendimento no local durante a festa. Também não foi encontrado com os participantes alguma quantidade de drogas.
Para o evento com público de cerca de 500 pessoas, foram contratados 14 seguranças, sendo dez homens e quatro mulheres. Dois dos profissionais não estavam uniformizados, para controlar a movimentação sem serem notados.
Oliveira estava no local no momento da confusão. Segundo ele, não foi uma briga generalizada, pois envolveu quatro pessoas, duas de cada lado. “A Brigada não precisou intervir, não agiu em momento nenhum. Tão logo chegou a Brigada, acabou a briga”, comenta.
Ele ressalta que, para evitar este tipo de ocorrência, seria necessário o aumento do policiamento. Embora, faça questão de frisar que não está culpando a segurança pública, pois sabe da limitação de pessoal existente. “Se nós tivéssemos mais policiamento na rua, isso resolveria. Mas também entendo que a Brigada não consegue disponibilizar efetivo para todas as festas, tinha festa no Pareci, nas redondezas, tem que cuidar dos ladrões. É pouco efetivo para muita coisa, a Brigada faz o que pode. Até foram muito prestativos, fizeram rondas durante toda a noite”, avalia
O subcomandante do 5º BPM, major Iber Augusto Giordano, ressalta o fato de haver um calendário sobre os eventos realizados na região, sendo dada atenção especial para os locais onde ocorrem aglomeração de pessoas. “Nós já não temos efetivo para o policiamento normal, imagina se tivermos que escalar um para cada festa”, sublinha o oficial. Giordano também projeta como uma das possíveis medidas a implantação de fiscalizações dentro das festas para verificar, entre outros fatores, o consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade.
Ele lembra, ainda, a importância de os pais ficarem atentos ao comportamento dos seus, filhos e busquem saber o que andam fazendo nas ruas. Não é possível achar normal, segundo ele, menores de idade chegarem em casa embriagados. O Ibiá também procurou Grêmio Gaúcho. Contudo, a direção da entidade preferiu não se manifestar.