O Colégio Estadual Doutor Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente, de Montenegro está totalmente sem energia elétrica. Na madrugada desta quinta-feira, dia 14, a subestação de energia, em frente à escola, foi arrombada e os cabos levados por ladrões. Esse é o 5º furto registrado na instituição desde o mês de agosto.
No ano passado, os furtos deixaram várias salas de aula sem luz, mas as áreas administrativas não foram afetadas. Desta vez, todo o educandário ficou sem energia, impossibilitando qualquer tipo de trabalho. Há incerteza sobre o retorno das aulas presenciais, e isso não está relacionado a pandemia do novo coronavírus. O problema é que não sabe quando a escola voltará a ter energia.
Sem luz na secretaria, as rematrículas estão sendo realizadas pelo diretor Luís Carlos Hummes, de casa. O diretor disponibiliza seu número particular para informações sobre as rematriculas, o número é o 51 9 99855810. Segundo ele, a 2ª Coordenadoria Estadual de Educação já está ciente do problema. Se não houver solução até o retorno das atividades letivas, não está descartada a possibilidade de remanejamento de alunos.
Para cada furto foi registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil e a 2ª Coordenadoria de Educação foi comunicada. Conforme o diretor, todo o procedimento necessário para solicitar novo cabeamento já foi feito, mas não há previsão de quando a obra terá início. “Foi feita vistoria e encaminhado o projeto de obra ao Governo do estado, através da secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas até hoje a gente não recebeu retorno. Eles só dizem que estão dando andamento, que estão em processo de licitação, mas, não nos informam quando será o início dessa obra”, diz Luís.
Furtos no local viraram rotina
Já na primeira semana de 2021, os ladrões mostraram que não vão dar trégua às ações no Colégio Polivalente. Durante o feriadão da virada de ano eles, novamente, visitaram o local. Na ocasião, foi furtada a fiação subterrânea da parte externa do prédio. Não satisfeitos os meliantes retornaram nessa quinta-feira,12. Nas duas primeiras invasões, câmeras de segurança flagraram parte da ação, mas os indivíduos estavam de bonés e mantiveram a cabeça baixa, o que dificulta a identificação.
O diretor Luís Carlos Hummes teme que esse tipo de situação continue ocorrendo. Ele lembra que até 2017, um policial militar da reserva morava em uma casa no pátio do colégio, o que inibia ocorrências de furto e roubo. Desde 2018, Luís tem pedido autorização à secretaria Estadual de Educação para disponibilizar a moradia para outro policial, contudo, não obteve nenhuma resposta. “Como diretor da escola não tenho o poder de fazer muita coisa. Dependemos dos órgãos competentes e esta resposta não vem”, lamenta Luís.
A reportagem entrou em contato com a Seduc e aguarda retorno sobre a previsão para início das obras e também da autorização para ocupação do imóvel.