ETILÔMETROS só serão usados em “situações extremas”, como acidentes de trânsito e se condutor tiver sinais claros de embriaguez
Em meio a pandemia do coronavírus, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal divulgou uma circular restringindo uso do etilômetro. A orientação se aplica aos Detrans de todos os estados. Os bafômetros só serão usados em “situações extremas”. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já segue a orientação. O Grupo Rodoviário (PRE) de Montenegro continua usando o equipamento normalmente.
Os etilômetros, conforme a circular, só devem ser usados em casos como acidentes de trânsito e nos quais o condutor apresente sinais claros de embriaguez. A ideia é evitar contágio pela doença, já que o motorista precisa soprar o bafômetro e uma das formas de contaminação da Covid-19 é por gotículas de saliva. Contudo, a PRF ressalta que o bocal que é soprado é descartável e que o aparelho é higienizado a cada sopro.
O fato de o bocal ser descartável é motivo para que o bafômetro mantenha-se em uso nas ações de fiscalização do Grupo Rodoviário de Montenegro. “O etilômetro continua sendo utilizado, com precauções, e após o uso o aparelho é desinfetado com álcool. E aguarda-se um tempo para nova utilização”, explica.
Mesmo assim, o sargento Aldo Vinícius dos Santos Lisboa, comandante da unidade, prevê redução nas abordagens, para evitar o contato de agentes e população. “Estou orientando os agentes para que usem mais o radar móvel, para evitar o contato com o público”, acrescenta. “Também já solicitei para que utilizem luvas”, diz Lisboa.
O documento detalha como o servidor deve agir quando usar o bafômetro. A determinação é manter distância segura na hora da abordagem. O servidor que operar o aparelho deverá utilizar luvas e máscara. Além disso, precisa manter o braço estendido e o etilômetro o mais distante possível de seu rosto, com a saída de ar na direção do vento e um perímetro de, no mínimo, dois metros, sem obstáculos..
Falta de materiais impede prevenção ao Covid-19
O sargento Aldo Vinícius dos Santos Lisboa relata que as funções administrativas seguem sem alterações no Grupo Rodoviário, porém assim como demais órgãos da Segurança, deve adotar medidas preventivas. O problema é que materiais como álcool gel, luvas e máscaras não estão sendo encontrados no comercio. “Dinheiro para comprar nós temos, mas não tem onde comprar”, conta.
Uma servidora solicitou material à sede Regional de Garibaldi, mas até o fechamento desta reportagem, não havia resposta. “Se não conseguirmos lá, vou procurar as secretarias de saúde para ver se nos ajudam”, diz o gestor.