O Verão já chegou e as criançada está em férias. Isso significa que as pracinhas estão cheias de crianças aproveitando o clima. Os brinquedos são uma boa opção para os pequenos se divertirem e confraternizarem uns entre os outros, entretanto, imprevistos podem acontecer, como: escoriações, mordidas de insetos e até mesmo queda de brinquedos. Pensando nisso, o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de São Sebastião do Caí, Anderson Jociel da Rosa, separou algumas dicas para lidar com essas situações.
Escoriações
Segundo Anderson, neste caso é importante limpar a área afetada com soro fisiológico ou água limpa, além disso, também é importante evitar a contaminação tampando o local com gaze ou atadura de pano. “Nunca retire objetos que estejam grudados na pele ou ferimento. O ideal é procurar atendimento médico para uma avaliação profissional”, comenta.
Batida na cabeça
Batidas podem acontecer quando a criança está brincando em lugares mais altos, neste caso, é importante ligar para uma ambulância, pelo 193 ou 192. Além disso, o comandante recomenda observar se o pequeno está consciente e tentar acalmá-lo até a chegada do socorro. “Mantenha a vítima imobilizada, evitando mexer no pescoço, pois podem existir danos na coluna. Para hemorragias, caso existam, aplique ligeira pressão sobre o local, com um pano, gaze ou compressa limpa. Cuidado com a contaminação”.
Picada de inseto
Neste caso, é preciso remover o ferrão com uma pinça ou agulha, caso ainda esteja na pele da criança. “Caso a pessoa tenha alergia a este inseto, leve rapidamente ao hospital ou se necessário ligue 193 ou 192”, explica. Em outro caso, é recomendado lavar a região com água fria e sabão e passar antisséptico, além de poder aplicar uma pedra de gelo enrolada em pano limpo para o alívio da dor.
Mordida de cachorro
“Pare o sangramento utilizando uma compressa ou pano limpo e fazendo ligeira pressão sobre o local durante alguns minutos”, explica Anderson. O local deve ser limpo com água e sabão, mesmo que a ferida não tenha sangramento, “pois remove bactérias e vírus que podem causar doenças graves”. Além disso, é preciso ir ao hospital levando o boletim de vacinas, para repetir a vacina contra o tétano.
O que carregar?
É importante ter à mão um kit de primeiros socorros, como atadura, gaze, esparadrapo, soro fisiológico, água, tesoura, termômetro, pano limpo e luvas descartáveis. Anderson deixa um alerta. “Não é recomendada a administração de qualquer medicamente sem a supervisão médica”.
Desidratação
Em caso de desidratação leve, ingerir água pode ser suficiente. “É melhor ingerir quantidades pequenas de líquidos (usando uma colher de chá ou até mesmo uma gaze umedecida) do que dar goles grandes de uma vez só”, explica o comandante. Se for ingerido grande quantidade de água, podem ocorrer vômitos, agravando a situação. “Também é possível amenizar a situação com a ingestão de isotônicos, que possuem sais minerais e carboidratos e foram desenvolvidos especialmente para repor líquidos e sais minerais perdidos pelo suor durante a transpiração”.
Entretanto, em caso de desidratação grave, a melhor opção é procurar ajuda médica. “Pois só uma pessoa habilitada poderá avaliar o real quadro clínico de alguém com desidratação”, comenta.
Com os cuidados, a diversão continua
A mãe Letícia Santos costuma sempre levar seu filho de dois anos, Benjamin Santos Oliveira, para brincar no parque. Na mochila que vai junto no passeio, sempre há água para a hidratação. O horário escolhido é após o sol já se esconder, para evitar queimaduras.
Letícia não carrega produtos para primeiros socorros e nunca teve nenhum caso que precisasse com o Benjamin, mas fica de olho no pequeno. “Tem que estar sempre perto. Não dá para deixar. Se eu deixasse ele, já ia querer ficar pulando pelo brinquedo, daí é perigoso”. Moradora da rua Buarque de Macedo, Letícia costuma levar Benjamin para brincar no Parque Centenário.
A neta de Luiz Alberto da Rosa, 65, Alice Lemos de Azevedo, de cinco aninhos, é moradora de Atlântida Sul, mas adora brincar com o avô no Parque Centenário de Montenegro durante as férias, quando vem visitar os avós. “Todos os anos ela vem passar uns dias com a gente. Ela gosta daqui”, explica Luiz. O avô também sempre procura ficar perto da neta e tomar cuidado com os brinquedos. “Carrego água e ela sempre sai com protetor”, explica. A neta nunca se machucou. Como cuidados, Luiz não a deixa ficar muito perto do lago, para evitar problemas. “Deixo ela sempre do meu lado”, conta.