A sociedade está doente. Criminosos sempre existiram, mas as redes sociais fizeram aflorar maluco como erva daninha. Semana passada ficamos todos estarrecidos com a noticia de que um lunático, louco, endemoninhado invadiu uma creche e atacou com machadinha crianças indefesas.
Faltam-me palavras e adjetivos para este criminoso. Falta-me sentimento do que gostaria que acontecesse com um sujeito desses. Covarde é a única palavra que vem a mente. Coloco-me no lugar dos pais que mandaram seus pequenos para uma creche e receberam os cadáveres transfigurados de seus filhos, atacados por um monstro fabricado nos porões da deep web.
Mais nojento ainda são oportunistas de plantão que monetizam a desgraça alheia. Pena de morte bradam uns, guardas armados pedem outros, portas giratórias querem mais alguns. Nada disso trará de volta os pequenos que se foram. Nada vai diminuir a dor de quem ficou sem seus filhos, ceifados precocemente enquanto brincavam no gira-gira do pátio da sua creche.
Quanto mais a sociedade se afasta de Deus onde querem inclusive que se retire símbolos Cristãos de escolas e repartições publicas mais o homem se aproxima do Inferno. Argumentam que “não podemos ofender quem é ateu”. Ofensa é um monstro desse conviver no meio da sociedade. Acreditar em Deus é acreditar no amor. É difundir o afeto, a união. É exercitar a convivência e a tolerância com as diferenças.
Este monstro que pulou o muro para ceifar a vida de quatro crianças, que não tinham como defender-se, na verdade já está condenado a mediocridade de sua vida e da sua covardia.
Não faltarão defensores do indefensável querendo justificar a atitude do criminoso, com argumentos frágeis sobre as motivações para tal monstruosidade. Falarão sobre bullyng, sobre condição social, sobre ambiente familiar e construirão teses do conforto de suas cadeiras acolchoadas, pois não terão que conviver com o vazio do quarto e sem o abraço matinal como os pais dos quatro anjos que foram brincar no pátio da creche e voltaram para casa em vestes mortuárias. Pensem e julguem-me como quiserem, mas desejo o chão frio, úmido e sujo de uma cela penitenciária para este covarde.
Mais do que qualquer medida que se possa tomar a partir de agora para evitar novas tragédias como essa, é preciso endurecer e fazer cumprir as leis. É necessário menos impunidade. Nosso país está falido moralmente quando vemos bandidos comandando quadrilhas de dentro das penitenciarias através de smartfone de ultima geração. Aqui no interior de Montenegro não temos sinal de celular, é preciso subir em montanhas para “dar sinal”, mas dentro de qualquer penitenciária o chefe da facção consegue comunicação como se estivesse em seu escritório.
As forças de segurança orientam a não ampliar as notícias sobre atentados deste tipo para evitar a glamourização do crime, onde psicopatas escondidos entre nós enxergam nas manchetes a única oportunidade de saírem da sua obscura e medíocre existência.
De qualquer forma é preciso redobrar a atenção nas escolas e ficar atento a qualquer movimentação suspeita e sujeitos estranhos a alunos e professores, comunicando imediatamente a polícia. Sobre isso a Brigada Militar irá repassar esta semana a diretores e professores alguns protocolos de segurança para que a comunidade escolar esteja atenta e vigilante neste momento onde o sagrado ambiente de educação é alvo da violência e da covardia.
Desculpem-me o desabafo, mas minha humanidade não consegue conviver com monstros.