Esta situação foi abordada nesta coluna em 7 de novembro de 2022, quando registramos uma série de ocorrências de cavalos soltos na cidade. Daquela data até os dias de hoje a realidade é a mesma. Simplesmente porque nada foi feito para que pudéssemos ter um resultado diferente.
A única tentativa de encontrar uma solução para este problema teve início em de dezembro de 2021, quando o Vereador Talis Ferreira organizou uma reunião na Câmara de Vereadores para apresentar às ONGs da causa animal de Montenegro um projeto de amparo aos voluntários que dedicam seu tempo não só para recuperação destes animais da rua, como também, muitas vezes, prestação de cuidados após maus-tratos ou abandono.
Na proposta, os equinos encontrados soltos na zona urbana e rural do município, se recolhidos por voluntários, para retornar aos seus donos deveriam ter os gastos ressarcidos a quem acolheu. Evidente que a sugestão de Lei continha regras para sua validação.
Estamos chegando a quase três anos, após a reunião na Câmara Municipal com representantes das ONGS e da Prefeitura Municipal ter debatido alternativas para solução, e nada aconteceu. Uma sugestão de projeto de lei foi encaminhada ao Executivo, pois segundo discussão já daquela época, a matéria se transformada em Lei pelo Legislativo poderia ser enquadrada como inconstitucional.
Os animais continuam soltos e muitos deles abandonados. Nas redes sociais acompanhamos com freqüência as ONGS recolhendo e tratando estes animais que são rejeitados, quando não são mais úteis e largados doentes para morrer. Quem gosta de animais sofre com esta situação.
Mas tem outra conseqüência da falta de política de controle de animais soltos, que é o risco de provocar acidentes de trânsito. Na madrugada do dia 5, por volta de 4h30, uma Van atingiu um cavalo que estava sobre a RSC-287, altura do km 5, junto ao cruzamento com a Rua Juvenal Alves de Oliveira, na entrada da Vila Esperança. Por sorte o motorista não teve ferimentos graves. Mas em geral acidentes com cavalos resultam em feridos graves ou óbito.
Quando a reportagem esteve no local, horas depois, ainda havia dois cavalos soltos a poucos metros do acidente.
Por fim, se o PL sugerido ao Executivo não é o ideal, do ponto de vista prático ou constitucional, por que não foi aprimorado ou adaptado? O que não pode é permanecer a omissão do poder público.
O Observatório encerra esta reflexão da mesma forma de 674 dias atrás: Não podemos esperar uma tragédia para então buscar ou apontar os responsáveis ou irresponsáveis.
Isto nos remete a situação semelhante na Via II, quando fecharam o acesso depois que um acidente aconteceu. Não deixem que aconteça o mesmo. Todos os acontecimentos levavam para uma tragédia no trânsito e infelizmente duas vidas foram ceifadas.
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Apelidos que identificam os candidatos
No Brasil é muito comum as pessoas serem mais conhecidas pelo seu apelido do que pelo seu nome propriamente dito. Tanto isto é verdade que os candidatos levam estes apelidos para serem registrados junto a sua candidatura. Na semana passada um perfil do Instagram“canoasmilgrau” passou a destacar os apelidos pitorescos de candidatos pelo Estado a fora.
Em Montenegro, encontramos alguns apelidos já conhecidos e outros nem tanto. Alguns mais pitorescos, outros ligados ao seu trabalho e alguns mais comuns. Destacamos estes: Alemão Baumcar, Cabelo, Chacall, Clau, Dadá, Duda, Edisson Alegrete, Eduardo Mundo, Ganso, Grilo, Gringo, Juarez do Ponto Econômico, Luis Eduardo Conceição Zeh, Koka, Leandro Tratores, Matheus do Moinho, MC Tony, Neca, Peter do Som, Robson Rei, Rodrigo Tiziu, Tiago Maratá e Zero Hora.
O que importa para estes candidatos é que o eleitor o identifique, mesmo que não faça a mínima idéia do porque ao nome do Eduardo é acrescentado Mundo.
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Desrespeito
A edição de sexta do Ibiá trouxe a realidade de alguns moradores de Pesqueiro que ainda não receberam o Auxílio Reconstrução. Situação que acontece em diversas cidades do Estado que foram afetadas pelas enchentes.
A promessa do Governo Federal do auxílio de R$ 5.100,00 a todas as famílias residentes nas áreas alagadas não trouxe o alívio de ter garantido o suficiente para recomeçar. Mas o valor prometido criou uma expectativa de ter uma ajuda para ao menos minimizar o prejuízo de quem perdeu muitos bens materiais.
A mensagem em “análise com pendências” não oportuniza que a família cadastrada tenha o direito de provar que tem direito ao benefício, fica um vazio, ninguém sabe o que fazer.
Além de tudo que estas famílias enfrentaram, ainda têm que implorar por um direito que lhe foi colocado à disposição, colocando-as em uma situação humilhante. Algumas já refizeram o tal cadastro várias vezes.
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Bola nas costas
A cada negativa, os moradores buscam novamente a prefeitura e lá não conseguem resolver a situação, simplesmente porque não é o Executivo Municipal o gestor do programa. Mas isto acaba resultando em críticas a administração municipal, já que a maioria das pessoas não tem informação ou não sabe distinguir o fluxo operacional do programa.
E assim o governo federal, em muitos casos, se passa de bonzinho na história.
As últimas justificativas do governo federal referente a localidade do Pesqueiro, diz respeito a falta de numeração nos imóveis. Entretanto aqui na cidade, imóveis com identificação completa e correta, inclusive com Cep por zoneamento, invadidos pelas águas na altura de 1,60m/1,70m, também ninguém entende porque aguardam o recurso a mais de 90 dias. E não se tem uma explicação plausível.
E o Município é que fica com o ônus de dar as devidas desculpas.
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Abstenção pode surpreender!
O Observatório Político vem colhendo depoimentos de candidatos que estão em contato permanente com eleitores nas visitas aos bairros. E vem daí uma situação que pode acontecer: muitos eleitores dizendo que não vão votar.
E as razões em geral são: frustração com os políticos e o fato de ter apenas duas opções para a Prefeitura. Se isto realmente se concretizar podemos ter um % recorde de abstenções.
Nas eleições municipais de 2020, com 5 opções de candidatos a prefeito, foi registrada uma abstenção de 27,02%. E naquele pleito se creditou as abstenções a pandemia, quando muitas pessoas preferiram evitar aglomerações.