Faltam 12 dias para a eleição municipal. A proximidade do pleito gera grande expectativa e até apostas sobre a votação e a nova composição da Câmara de Vereadores. O cenário de apenas duas candidaturas majoritárias, e uma delas permanecendo no pleito mediante recursos jurídicos, redirecionou os holofotes para o Legislativo.
Noventa e sete nomes foram apresentados para registro de suas candidaturas. Destes, dois candidatos do PSDB foram indeferidos, uma candidata do PDT renunciou, o mesmo acontecendo com um do PT. Permanecem na disputa por uma cadeira no Legislativo 93 postulantes.
Desta nominata à vereança, 50,5% concorrem pela primeira vez à Câmara, o que equivale a 47 novos agentes políticos. O partido que traz mais nomes novos é o União Brasil: dos seus 11 candidatos a vereador, apenas dois já tentaram uma vaga no parlamento municipal.
O Podemos e o Republicanos apresentam nominatas mais “experientes” em campanhas eleitorais. Cada um deles têm sete nomes que já tentaram a vaga para vereador em outros pleitos ou que buscam a reeleição.
Em grupos de whatsApp existem listas de apostas de quantas cadeiras cada partido vai fazer, quais vereadores não vão se reeleger, de quanto será a renovação na Câmara Municipal, enfim muitas especulações e projeções.
Todo o debate que se tem conhecimento não está girando em torno do papel do vereador e se tem condições de exercer seus deveres e suas prerrogativas. São poucos os eleitores que se preocupam com a sua opção de voto. Escolhem o “amigo”, aquele que encaminha uma demanda, ou, pior ainda, optam pelo mais simpático.
Uma Câmara forte é fundamental para o bom funcionamento da administração municipal e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Suas principais responsabilidades incluem fiscalizar, propor, analisar, votar e aprovar leis, bem como realizar alterações nas diretrizes municipais já existentes. Essas ações visam sempre o bem-estar e o desenvolvimento da comunidade local.
É dever de cada eleitor analisar o perfil dos postulantes e pautar sua escolha pelo candidato ou candidata que melhor vai desempenhar a função. A amizade e a simpatia são importantes para o circulo de convivência de cada um. Para a Câmara, entretanto, é preciso um pouco mais. Afinal propor e aprovar leis exige algum conhecimento da cidade, das leis e de como funcionam o Executivo e o Legislativo.
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O ungido
A eleição ainda não aconteceu. Os votos não foram contados. Mas já se percebe movimentações nos bastidores da política local sobre quem será ungido candidato a sucessão de Gustavo Zanatta.
Hoje o atual prefeito e candidato à reeleição conta com 5 partidos em sua base de apoio. Certamente, se eleito, terá neste grupo muitos pré- candidatos e alguns já têm seus padrinhos.
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Fantasma permanece
O candidato da Coligação Juntos faremos MAIS por MONTENEGRO, Paulo Azeredo, sofreu mais uma derrota na sua tentativa de registro da candidatura. Em resposta ao seu recurso o Tribunal Regional Eleitoral, TRE, manteve a tese da Juiza Eleitoral da 31ª Zona Eleitoral.
Conforme já havíamos previsto na Coluna de 19 de agosto a eleição vai ocorrer com o candidato do PSDB “sub judice”, pois dificilmente haverá uma definição do Tribunal Superior Eleitoral, TSE, sobre novo recurso impetrado por Azeredo.
No que tange à campanha, o candidato segue normalmente, sem nenhum impedimento. A crença de Azeredo é de que consiga no TSE rever a decisão, fato que ocorreu em 2016 quando reverteu decisões anteriores, e obteve a validade dos seus 725 votos.