Fazendo as contas

O brasileiro já se acostumou com as notícias que abordam crises no Brasil e em outros países, algumas profetizadas como simples marolinhas mas que se revelaram catastróficas, do que decorre também uma verdadeira salada de números que, em tese, indicam tendências, com cálculos mirabolantes sobre consumo, renda, inflação e outros indicadores. Mas nas contas da economia da sua família, o leitor já calculou o impacto de cada aumento e do conjunto
deles?

Algumas notícias, apesar das férias, já dão conta de movimentos de categorias profissionais reivindicando aumentos salariais, buscando não só reajuste para reposição da inflação dos últimos doze meses, mas e principalmente diferenças de anos anteriores que não conseguiram recuperar em tentativas anteriores.

Significa dizer, então, que nem sempre as categorias conseguem que seus salários recomponham o poder de compra de um ano antes, isto é, os salários, depois de reajustados, não conseguem pagar o que adquiriam no passado.

Além disto, no Rio Grande do Sul, uma verdadeira legião de servidores públicos está recebendo, há vários meses, os salários parcelados, situação da qual decorre uma enormidade de percalços, atrasos, pagamento de juros, etc.

Por outro lado, os preços pagos com estes mesmos salários, reajustados ou não, parcelados ou não, de modo especial aqueles regulados por órgãos públicos como ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e AGERGS (Agência Estadual de Regulação dos
Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul), e ainda os pedágios, as passagens de ônibus e os planos de saúde, são reajustados – na verdade aumentados – em percentuais acima da inflação.

Há quem diga que é melhor nem fazer estas contas, pois é mais fácil enlouquecer que entender.

Mas para que o consumidor não caia em ciladas de juros e cheque especial, dentre outras, é indispensável que as contas sejam feitas e revisadas à exaustão, justamente para evitar que piore o que já está ruim e que um imprevisto não inviabilize por completo as finanças, a ponto de comprometer até o patrimônio já quitado.

Encontrar o chamado ponto de equilíbrio das contas, ou seja, o limite entre o que se ganha e o que se gasta, é quase uma arte.

Bom mesmo é revisar bem as contas e “fazer sobrar” algum dinheiro, que deverá ser guardado para futuros investimentos ou para as horas de aperto.

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