Em referência ao Dia Mundial da Psoríase, celebrado na última terça-feira, 29, a campanha “Pele Sem Psoríase”, alerta os pacientes sobre como manter a pele sem lesões. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 5 milhões de pessoas sofrem com a doença no Brasil. A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e cíclica. Ela causa placas avermelhadas e descamativas, gerando desconforto nos pacientes. Além disso, devido à aparência das lesões, a doença impacta na qualidade de vida, afetando aspectos sociais e profissionais.
Os sintomas da psoríase desaparecem, mas reaparecem esporadicamente. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. É importante ressaltar que o contato com pacientes que tenham a doença não precisa ser evitado.
Para o dermatologista e doutor em Ciências da Saúde, Gleison Duarte, do Instituto Bahiano de Imunoterapia (IBIS), embora seja considerada uma doença relativamente frequente, a psoríase ainda é pouco conhecida. “Essa é uma das razões que levam ao atraso no diagnóstico e, após anos sem tratamento adequado, muitos portadores chegam em estágios mais graves para consulta. Sabemos também que não somente a pele e as articulações, mas múltiplos órgãos podem ser afetados, principalmente nas formas graves, e seu reconhecimento imediato pode evitar complicações”, alerta.
Ele ressalta, ainda, que, em alguns casos, poucas lesões são o bastante para o paciente levar uma vida marcada por estigmatização e preconceito. “Felizmente, o tratamento avançou extremamente nos últimos anos. Por isso a psoríase é pauta este mês de eventos de conscientização em todo o País, em alinhamento à recomendação da Organização Mundial de Saúde sobre difusão desse tema”, destaca.
A falta de conhecimento sobre a doença é motivo para que as marcas na pele sejam vistas com maus olhos, muitas vezes. Portanto, se informar é fundamental. Psoríase é contagiosa? Tem cura? É possível viver sem as lesões? Teste seus conhecimentos:
Responda ao questionário e entenda melhor a doença:
1 -A psoríase é contagiosa?
a) Sim
b) Não
c) Somente a psoríase grave
Resposta:
b) Não – Gleison explica que a psoríase não é transmitida de uma pessoa para outra. Quem desenvolve a doença não foi infectado através do contato com outro paciente.
2 – A psoríase tem cura?
a) Não
b) Só em casos leves
c) Só em casos moderados
Resposta:
a) Não – A psoríase é uma doença crônica, portanto, não tem cura. Porém, existem tratamentos para os diversos tipos da doença. Os medicamentos variam entre tópicos, orais, fototerápicos e injetáveis que são indicados de acordo com a gravidade das lesões em cada paciente.
3 – Quais são algumas das consequências causadas pela psoríase?
a) Vermelhidão e descamação da pele
b) Afastamento da vida social, profissional e amorosa
c) Opções A e B
Resposta:
c) Opções A e B – Além de causar vermelhidão e descamação da pele, pacientes com psoríase afirmam sofrerem com o preconceito, e por isso, acabam se afastando de atividades sociais.
4 – Quais as partes do corpo mais afetadas pela psoríase?
a) Mãos e pés
b) Tronco, braços, pernas e couro cabeludo
c) Apenas as unhas são afetadas pela doença
Resposta:
b) Tronco, braços, pernas e couro cabeludo – As lesões podem aparecer em qualquer lugar do corpo, porém, estas são as mais comuns.
5 – Quais são os fatores de risco da psoríase?
a) Hereditariedade
b) Estresse
c) Obesidade
d) Todas as alternativas
Resposta:
d) Todas as alternativas — Apesar de ter a causa desconhecida, existem alguns fatores de risco que podem desencadear ou piorar os sintomas da psoríase. Se o paciente tiver histórico familiar, por exemplo, há um risco maior de desenvolver a doença.
6 – O SUS oferece tratamento para psoríase?
a) Sim
b) Não
c) Só medicamentos de uso oral
Resposta:
a) Sim – O Ministério da Saúde incorporou recentemente quatro novos medicamentos para o tratamento da psoríase em casos graves. Depois de uma consulta pública, realizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS atualizado o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas de psoríase.
#FicaDica
Apesar de não existir prevenção ou cura, existem tratamentos eficazes no controle dos sintomas, chegando a proporcionar, em alguns casos, uma pele sem lesão. Ao perceber sintomas como manchas avermelhadas, descamação, pele seca que possa vir a sangrar, ou inchaço, dor e dificuldade de movimento nas articulações, é preciso procurar um médico para que ele faça o diagnóstico.