Ganhar ou perder alguns quilos é uma das preocupações gerais de qualquer pessoa. Esse cuidado nos leva a questionar nossos hábitos alimentares e nossa rotina de exercícios físicos. Entretanto, os brasileiros estão cada vez mais descuidados neste objetivo. De acordo com pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, a obesidade afeta 19,8% da população brasileira. Se formos levar em conta também as pessoas com sobrepeso, esse índice aumenta para 55,7%.
De acordo com Camila Kleber Oliveira, nutricionista do Sesc em Montenegro, a obesidade é determinada pelo IMC (Índice de Massa Corporal), que é calculado pelo peso multiplicado pela altura da pessoa ao quadrado. Se o resultado for igual ou inferior a 18,5, a pessoa tem o peso abaixo da média esperada. Em compensação, se o valor de IMC for igual ou maior que 25 é um indicativo de sobrepeso ou obesidade.
Por ser uma doença multifatorial, as causas da obesidade são diversas, como fatores genéticos, maus hábitos alimentares, sedentarismo, entre outras. Embora sejam muitas as causas, a principal delas é a alimentação inadequada, ou excessiva. “Para manter o peso ideal, é preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia. Quando há excesso na ingestão de alimentos e baixa atividade física, existe o acúmulo de gordura”, afirma a nutricionista.
Embora perigosa por si só, a obesidade é um fator de risco para uma série de doenças. O acúmulo de gordura no organismo aumenta risco de desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, entre outros. De acordo a nutricionista, a obesidade traz prejuízo à qualidade de vida. “Quando se fala em obesidade, não se trata apenas de questões estéticas ou de aparência, mas sim de bem-estar físico e emocional. Com o passar dos anos, o ganho de peso é comum para homens e mulheres, principalmente depois dos 50 anos. Mesmo que se mantenha o peso corporal, a tendência é acumular gordura ao longo dos anos. Isso acontece porque todas as pessoas perdem massa muscular com o envelhecimento.”
A conscientização sobre a obesidade deve começar desde o início da vida. A obesidade infantil é um dos maiores problemas de saúde atualmente. A chance de uma criança obesa ser um adulto com as mesmas condições é de 80%. Camila acrescenta, ainda, que a prevenção da obesidade infantil deve iniciar já nos primeiros momentos da gestação, com bons hábitos alimentares da gestante. “O aleitamento materno é um dos pilares da prevenção de obesidade. A criança amamentada no peito tem menos risco de desenvolver obesidade.”
A inclusão de uma rotina de exercícios físicos e uma dieta equilibrada tornam o emagrecimento mais eficaz e são a melhor forma de tratar a obesidade. Transformar-se em uma pessoa mais ativa no dia a dia ajuda muito na adaptação do corpo ao exercício físico e a mudança de hábitos. Em todos os casos, o acompanhamento profissional de um médico é fundamental para se emagrecer com saúde.
Algumas dicas para evitar ou tratar a obesidade:
* Mastigue bem os alimentos, deixe seu garfo descansar.
* Hidrate-se bem, tome bastante água, em torno de dois litros por dia.
* Não passe muito tempo sem comer, alimente-se a cada três horas.
* Para os lanches, prefira o consumo de frutas frescas, iogurtes, frutas secas e oleaginosas.
* Não use gorduras e caldos industrializados no preparo dos alimentos.
* Evite o consumo de bebidas alcoólicas.
* Mantenha-se ativo. Exercícios físicos regulares aceleram o metabolismo, ajudam a emagrecer e a diminuir o apetite, especialmente por doces.
* Procure um profissional Nutricionista, ele poderá individualizar seu plano alimentar da melhor forma para que você tenha o peso que deseja.