É possível um doador de órgãos beneficiar 50 pessoas?

Após o choque com a morte do apresentador Gugu Liberato, outra informação surpreendeu os brasileiros. Foi divulgado que a família autorizou a doação dos órgãos, seguindo o desejo de Gugu, que beneficiarão 50 pessoas. E foi este número que gerou curiosidade já que um ser humano não tem coração, pulmões, fígado, rins e córneas – partes do corpo humano mais comumente doadas – nesta quantidade. Mas o número está correto. É que nesta contagem, os médicos consideram tecidos do corpo como pele, válvulas cardíacas, ossos e cartilagens.

Na confirmação da morte cerebral de um paciente, a idade costuma ser um fator decisivo. Quanto mais jovem o potencial doador, mais órgãos têm chance de serem saudáveis e aproveitados. Gugu tinha 60 anos, mas sua saúde geral era boa. Ele faleceu em função de um trágico acidente doméstico. E isso colaborou para o aproveitamento de tantas partes do corpo em benefícios de pessoas que precisavam de órgãos e tecidos.

Todos os órgãos foram doados nos EUA. A família de Gugu chegou a pedir para que o coração viesse para o Brasil e fosse transplantado em um brasileiro, mas isso não foi possível. É que o tempo entre a retirada do coração de um corpo e implantação em outro é de apenas 4 horas, inviabilizando completamente atender ao pedido.

Apesar de mais raro, o transplante de ossos e tecidos também existe no Brasil. No Rio Grande do Sul existe um banco de ossos em Passo Fundo. Outra informação interessante e que gera muitas dúvidas é sobre o corpo do doador, tirando partes como pele e ossos, ficar deformado. Isso não ocorre. No caso da pele, ela é retirada apenas de partes do corpo que ficam cobertas pelas roupas. Já os ossos são substituídos por peças em plástico que “sustentam” o corpo, mantendo seu formato. Assim, a doação não impede que a família faça velório.

Gugu Liberato faleceu na sexta-feira, 22, em Orlando, na Flórida, onde residia. Ele caiu de uma altura de quatro metros enquanto fazia um reparo no ar-condicionado e ao ser atendido no hospital os médicos constataram sangramento intracraniano. A morte encefálica foi confirmada por um neurocirurgião brasileiro chamado pela família.

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