Doar sangue é um ato de fraternidade

O Hemocentro do Rio Grande do Sul lançou em 14 de junho – Dia Mundial do Doador de Sangue – a campanha “Uma saída rápida e segura pode salvar vidas. Doe Sangue. Doe Vida.” O objetivo é aumentar os estoques de sangue, reduzidos desde o início do distanciamento social e da pandemia do novo coronavírus. A data foi estabelecida pela Organização Mundial de Saúde para lembrar a importância deste ato.

A mobilização serve também para reforçar a necessidade da doação na época de baixas temperaturas no estado. E com o Coronavírus, os estoques de todos os tipos sanguíneos, principalmente O- e O+, já haviam ficado em baixa. O Hemocentro está seguindo todas as orientações de segurança da OMS, sendo os doadores recebidos por ordem de chegada e dentro da capacidade de atendimento do espaço.

No dia 8 de maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a restrição que proibia homossexuais de doarem sangue. A votação considerou discriminatórias as regras da Anvisa e do Ministério de Saúde, que vetavam o ato, tornando-as inconstitucionais. Após orientação do Ministério da Saúde, desde o início deste mês, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) aceita doação de sangue feita por “homens que tiveram relações sexuais com outros homens” nos últimos 12 meses. Na prática, a decisão beneficia gays, bissexuais, travestis e mulheres transexuais.

Hemotchê – símbolo do Hemocentro – percorre o Estado estimulando as doações. Foto: SES-RS

Hemocentro do Estado – Horários para doações
De segunda a sexta-feira
Das 8 às 18 horas (sem fechar ao meio-dia)
Agendamento:
Telefone (51) 3336-6755
Whatsapp (51) 98405-4260
* O Hemocentro está localizado junto ao Hospital Sanatório Partenon, na Avenida Bento Gonçalves, 3.722, Porto Alegre

Pré-requisitos para a doação de sangue
– Estar em boas condições de saúde;
– apresentar documento oficial de identidade com foto;
– ter idade entre 16 e 69 anos;
– estar acompanhado por responsável legal se for menor de 18 anos;
– pesar, no mínimo, 50 quilos com desconto de vestimentas;
– não estar em jejum e não ter consumido alimentação gordurosa;
– ter dormido pelo menos seis horas antes da doação;
– não ter ingerido álcool nas 12 horas anteriores à doação;
– não ter fumado menos duas horas antes da doação.
* O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos;
* a frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três para a mulher; com intervalo mínimo de dois meses para homens e de três meses para as mulheres.

Junho Vermelho – Secretaria de Saúde tranquiliza sobre cuidados contra a Covid-19 nos hemocentros.Imagem: SES-RS

Hospitais de Montenegro contam com este apoio
Os hospitais em Montenegro não realizam mais coletas nem mantêm bancos de sangue. O Hospital Montenegro (HM) 100% SUS é conveniado com o Hemovale (Hemoterapia do Vale do Taquari) para suprir sua demanda. Interessados em colaborar são orientados a procurar este banco de sangue, que fica em Lajeado.

Atualmente, são transfundidos de 100 a 120 bolsas de hemocomponente por mês no HM. Este número, no entanto, varia conforme a demanda, diagnóstico e traumas. “No mês de maio de 2020, foram utilizadas 95 bolsas de hemocomponentes, sendo que cada uma tem, em média, 450 ml”, diz o texto assinado pela direção do hospital.

Já o Hospital Unimed Vale do Caí encaminha coletas e supre sua demanda através do Banco de Sangue – Hemovida, em Novo Hamburgo. “No momento, o banco de sangue parceiro atende à demanda. Quando há necessidade, como agora (pandemia), as doações são realizadas na sede do Banco de Sangue, em Novo Hamburgo”, enfatiza o coordenador Roberto Bido.

Hemovale – Hospital Montenegro Horário para doações
De segunda a sexta-feira
Das 7h30 às 13h
Sábados
Das 7h30 às 11h
Agendamento:
Telefones – (51) 3748-0442 ou 3011-0631
E-mail – [email protected]
Site – https://www.hemovale.com.br/

Hemovida – Hospital Unimed Horário para doações

Segunda a sexta-feira
Das 7h30 às 12h30
Sábados
Das 7h30 às 12h (com distribuição de 50 senhas presenciais).
Agendamento:
Telefone – (51) 3581-5241
No Facebook é Hemovida – banco de sangue e centro de hematologia
*Localizado no térreo do Hospital Regina, em Hamburgo Velho
A médica Taís Sant’anna explica que a agência transfusional do Hospital Unimed possui sempre um estoque mínimo de 25 unidades de hemocomponentes, renovando-o quando for preciso. “E nos casos de emergência, somos atendidos prontamente”, garante. Por mês, a instituição usa em torno de 55 unidades, entre Concentrado de Hemácias, Plasma Fresco congelado e Concentrado de Plaquetas.

Cenário de queda nas doações se repete no Brasil
As bolsas de sangue coletadas no Brasil caíram 2,5% nos últimos quatro anos, apesar das transfusões de sangue terem aumentado 4,8% no mesmo período. Os dados do Ministério da Saúde refletem que mais pessoas estão tendo acesso ao serviço de alta complexidade em saúde, contudo, há menor doação de sangue.

Também em comemoração ao dia Mundial do Doador de Sangue, o Ministério da Saúde lançou a campanha para convocar doadores regulares e novos durante a pandemia da Covid-19. Faz parte da ação orientar os hemocentros quanto às medidas de higiene e distanciamento social, garantindo que o processo seja seguro.

Os números
– Em 2019, foram coletadas no Sistema Único de Saúde (SUS) cerca de 3,2 milhões de bolsas de sangue contra aproximadamente 3,35 milhões de bolsas em 2016.
– Já as transfusões de sangue no país aumentaram de 2016 para 2019, passando de 2,8 milhões para 2,95 milhões de procedimentos realizados neste período.
– Atualmente, 16 em cada mil habitantes são doadores de sangue no país, segundo dados oficiais.
– O percentual corresponde a 1,6% da população brasileira e está dentro dos parâmetros preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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