O Rio Grande do Sul tem o pior desempenho entre os três Estados do Sul do Brasil no quesito doação de leite materno. Segundo dados da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano, desde janeiro, foram armazenados registrou 1.761,4 litros do rico alimento, de 2.064 doadoras. No Paraná e em Santa Catarina, foram, 6382 litros e 3.300 litros, respectivamente.
O Banco de Leite tem dois objetivos. Um deles é servir como apoio e incentivo ao aleitamento materno. “Por exemplo, as mães vão embora do hospital e tem alguma dificuldade de amamentação em casa, claro muitas podem pedir auxílio aos médicos pediatras ou no posto de saúde, mas tem a possibilidade de retornarem ao Banco de Leite para receber orientações para resolver o problema”.
O outro foco é, justamente, o armazenamento para alimentar os pequenos cujo as mães não conseguem ou não podem amamentar por alguma razão. “A amamentação de uma mãe que tem um bebê prematuro se torna um pouco complicada. Primeiro, porque o bebê vai ficar muito tempo internado, então existe um afastamento mãe bebê, que pode atrapalhar a produção de leite dela”, explica o neonatologista e secretário do Comitê de Neonatologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Leandro Meirelles Nunes.
O médico faz a ressalva de que, logo após o nascimento, as puérperas são estimuladas a retirar e a armazenar o leite, ainda assim, com às vezes os pequenos pacientes chegam a ficar meses internados, acaba havendo interferência. A tensão, preocupação e estresse pela situação enfrentada podem prejudicar a produção.“É muito importante para a recuperação desses bebês e o desenvolvimento adequado que recebam o leite humano”, frisa.
A produção do leite depende do esvaziamento da mama, por isso, quanto mais a mulher amamenta ou esvazia as mamas, mais leite produz. Todo leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado a uma criança. A doadora preenche ficha dizendo, por exemplo, se possui alguma doença ou usa medicamento que impeça a doação. O processo é semelhante ao feito para doar sangue.
O médico destaca a doação de leite materno com um ato especial, recheado de carinho e atenção ao próximo. “A mãe que doa o seu leite está realizando um ato de amor duplo. Primeiro, está fornecendo o seu leite a um bebê que precisa e, ao doar, estimula a sua própria produção de leite.
Onde doar
Os locais mais próximos onde há banco de leite ficam na Capital. Também existem pontos em Ijuí, Santo Ângelo, Bagé e Santa Rosa
Locais em Porto Alegre
Hospital de Clínicas
Rua Ramiro Barcelos, 2.350, Bom fim
Telefone: (51) 2101-8000
Hospital Fêmina
Av. Mostardeiro, 17, Moinhos de Vento
Telefone: (51) 3314-5362
Hospital Presidente Vargas
Avenida Independência, 661, Centro
Telefone: (51) 3289-3334
Hospital São Lucas
Avenida Ipiranga, 6.690 Jardim Botânico
Telefone: (51) 3320-3032
Santa Casa de Misericórdia
Rua Professor Annes Dias, 295 Centro
Telefone: (51) 3214-8284