Pela região, os focos do Aedes aegypti preocupam

Cuidado. Montenegro, Maratá e São Sebastião do Caí são os municípios com a presença do mosquito da dengue

O anúncio recente feito pela secretaria municipal de Saúde de Montenegro de que uma moradora do interior do município está infectada com a dengue colocou em alerta as demais cidades de região. Apesar de a doença não ter sido contraída em Montenegro – que registra, só no primeiro mês deste ano 23 focos do Aedes aegypti –, o caso preocupa. Nos arredores da Cidade das Artes, Maratá e São Sebastião do Caí também possuem focos do mosquito.

Em Maratá, o agente de campo Jaime Menezes diz que a cidade encontra-se infestado pelo Aedes aegypti. “Na prática, isso quer dizer que temos a presença do mosquito adulto circulando entre a comunidade”, observa. Segundo ele, três focos do vetor de doenças como a dengue, zika e chikungunya já foram localizados no município, sendo o mais recente em novembro do ano passado.

Já a secretaria municipal de Saúde de São Sebastião do Caí confirmou 84 focos do mosquito Aedes aegypti em 2018, em diversos bairros. O último foi confirmado em dezembro, no bairro Quilombo. Neste ano já há a confirmação de 25 focos, conforme a Vigilância em Saúde do município, que encaminhou na semana passada o Levantamento de Índices Rápidos (Lira) para o Laboratório Central do Estado (Lacen) e recebeu os resultados nessa terça-feira, 12. Assim como Maratá, a cidade não tem casos de pessoas doentes registrados até o momento.

Nos municípios de Brochier, Pareci Novo, São José do Sul e Triunfo não existem registros de focos do mosquito vetor. “Encontramos larvas (nas armadilhas), mas nunca do Aedes aegypti”, observa a agente fiscal de Saúde de Pareci Novo, Ana Paula Machado. Situação semelhante é relatada pelo fiscal sanitário de São José do Sul, Paulo Gustavo Rohr. Segundo ele, a coleta em armadilhas é realizada semanalmente. Em todos os municípios são realizadas ações vinculadas ao programa nacional de prevenção de dengue, como visitas a pontos que podem servir de base para desenvolvimento das larvas, palestras e o monitoramento de armadilhas.

Como se prevenir da dengue?
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada, que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

No momento, só existe uma vacina contra dengue registrada na Anvisa, que esta disponível na rede privada. Ela é usada em três doses no intervalo de um ano e só deve ser aplicada, segundo o fabricante, em pessoas que já tiveram pelo menos uma infecção por dengue. Essa vacina não está disponível no SUS, mas o Ministério da Saúde acompanha os estudos de outras imunizações.
*Colaboração: Júlio Hanauer

Dicas de prevenção
– Mantenha a caixa d’água fechada;
– Mantenha cobertos objetos como tonéis e barris d’água;
– Lave semanalmente, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água;
– Encha de areia até a borda os pratos das plantas;
– Coloque no lixo todo objeto não utilizado que possa acumular água, mesmo que pouca;
– Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada;
– Mantenha as calhas limpas;
– Não deixe água acumulada sobre a laje.

Fonte: Ministério da Saúde

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