Verbas. Bancada gaúcha no Congresso não elencou projeto como impositivo
O projeto e obras de contenção ou amortização de cheias e inundações do Rio Caí até foi elencado entre as 17 emendas de bancada dos congressistas gaúchos, que realizaram a votação na terça-feira, porém o projeto não foi apontado como impositivo. Isso significa que não há garantias de que a União irá liberar recursos para a execução do projeto e das obras de contenção. Como emendas impositivas, ou seja, aquelas que precisam obrigatoriamente serem executadas foram apontadas a continuação da duplicação da BR-116 de Guaíba até Pelotas e a construção de uma ponte sobre o Rio Uruguai ligando Porto Xavier a San Javier, na Argentina. Cada um desses projetos receberá cerca de R$ 81 milhões para a sua execução.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Caí (Codevarc), Alzir Aluisio Bach nunca houve chance de o projeto e as obras de contenção das cheias do Rio Caí serem apontados como emenda impositiva. “Ele (o projeto) entrou como emenda indicativa, a qual o Governo (Federal) paga se quiser. Estamos no páreo”, disse. Alzir revelou já ter recebido a garantia do senador Lasier Martins (PSD) de que ele, juntamente com os deputados federais Darcísio Perondi (PMDB) e Alceu Moreira (PMDB), iria ao Ministério do Planejamento para tratar sobre o projeto.
O presidente do Codevarc salienta que a liberação de recursos dependerá do trabalho dos congressistas. “O primeiro passo já foi dado e a movimentação política está positiva. Eles chegaram à conclusão de que é importante (o projeto)”, assegura. Alzir entende ainda que a demanda está vivendo o seu melhor momento e que sempre que ocorre uma cheia no Rio Caí o assunto volta a ganhar fôlego entre os congressistas. Já o prefeito de São Sebastião do Caí, Clóvis Duarte, observou que a União vem passando por dificuldades no orçamento e que é impossível os municípios bancarem o projeto e as obras de contenção de enchentes.
Prefeito de Pareci Novo, Oregino José Francisco revela que antes da votação lideranças de Montenegro, Pareci Novo e São Sebastião do Caí se uniram para pressionarem deputados a indicarem o projeto. Ele salientou ainda que o senador Lasier Martins, que se reuniu com essas lideranças na segunda-feira, está empenhado para que projeto se torne realidade. Sobre a movimentação necessária para garantir a execução do projeto, Oregino diz que cabe aos municípios interessados se articularem. “E isso já está sendo feito”, garante.
Em Brasília, prefeitos buscam recursos para a Transcitrus
Trabalhando em outra frente, prefeitos de diversos municípios do Vale do Caí se encontraram ontem com os ministros Osmar Terra, da pasta de Desenvolvimento Social e Agrário, e Marx Beltrão, do Ministério do Turismo. Em pauta estava a rodovia Transcitrus. De acordo com o prefeito de São José do Sul, Silvio Kremer, os ministros se comprometeram a dar atenção especial ao assunto e tentarem empenhar verba para a conclusão das obras na rodovia que liga o Vale do Caí ao Vale do Taquari e ajuda no escoamento da produção. De acordo com Silvio, seriam necessários aproximadamente R$ 13 milhões para a conclusão das obras em diversos municípios. “Não é nada concreto, só o comprometimento em tentar empenhar (as verbas)”, reforça o prefeito.
Além do chefe do Executivo sãojosense, também estiveram na reunião o prefeito de Maratá, Fernando Schrammel, o prefeito de Brochier, Clauro Josir de Carvalho, o prefeito de Montenegro, Carlos Eduardo Müller, o Kadu, o prefeito de Salvador do Sul, Marco Aurélio Eckert, o prefeito de Bom Princípio, Fábio Persch, o prefeito de Harmonia, Carlos Alberto Fink, o Lico, entre outras lideranças.