Com PA, demanda de montenegrinos na emergência do Hospital diminuiu 41%

Dado referente ao atendimento de montenegrinos mostra bons resultados na iniciativa

A Prefeitura de Montenegro inaugurou, em 28 de março, o seu Pronto Atendimento 24 horas na secretaria de Saúde. Ele fica no prédio da Assistência, no bairro Senai. O PA – como vem sendo chamado – nasceu diante de um período turbulento para o Hospital Montenegro que, com repasses atrasados do governo estadual, chegou a suspender o atendimento de pacientes em casos considerados “menos urgentes” no ano passado. Diante da necessidade, o Município viabilizou a criação de uma estrutura própria para este tipo de caso.

Com a iniciativa tendo completado seu primeiro mês em 28 de abril, os números já apontam bons resultados. Conforme a Prefeitura, o PA já atendeu 8.374 pacientes – exclusivamente moradores de Montenegro.

Na outra ponta, dados do hospital mostram que a nova estrutura ajudou a desafogar a emergência, diminuindo custos que poderão ser aplicados em outros setores da instituição médica. Entre 28 de março de 2018 e 28 de abril de 2018, o local tinha atendido 2.971 moradores do Município. No mesmo período, agora com o PA, a demanda caiu 41%. Foram 1.762 atendimentos feitos.

Hoje, é preciso atenção a cada situação para saber se é preciso ir ao Pronto Atendimento ou ao Hospital Montenegro. O PA da Prefeitura atende aos casos de menor complexidade, como gripe, febre, mal-estar, vômito e pequenos procedimentos. Para o HM, por sua vez, ainda vão os casos de urgência e emergência, como quedas fortes, desmaios e convulsões. Ainda é um desafio o respeito a essas regras.

Do lado do PA, a secretária de Saúde, Loreni Cristina Reinheimer, conta que vem trabalhando na capacitação dos agentes de saúde que, nas visitas às comunidades, passem a instruir as pessoas sobre esses procedimentos. Ela avalia que, no geral, os montenegrinos têm entendido bem. “Até hoje, só tivemos seis casos que nos procuraram no PA e os casos foram considerados de emergência. Eram de média complexidade. Os demais procuraram corretamente”.

Do lado do HM, a dificuldade parece maior. “Estamos trabalhando na educação e conscientização da população no PA do Município”, colocou a diretoria, em nota. “Porém existem fatores como atendimentos de acidentes automobilísticos, quedas, traumas em geral e pacientes trazidos pela SAMU que acabam sendo triados como ‘verdes’ (casos de menor complexidade, que seria do PA) e atendidos na emergência.”

A nota segue: “Outros fatores, como o deslocamento para o PA e situações em que a população quer manter o atendimento na instituição são mantidos aqui.” Pelos critérios existentes, que também levam em conta a questão financeira dos repasses feitos pelo Município, dos 1.762 atendimentos à montenegrinos no HM, quase 60% ainda poderia ter sido feito via Pronto Atendimento da Prefeitura.

Expectativa para o Inverno
No PA, dos 8.374 atendimentos feitos no primeiro mês, 3.777 foram atendimentos médicos e 4.597 de enfermagem (com procedimentos como triagem, eletrocardiograma e curativos). “A procura está sendo acima do normal do que eu imaginei que seria”, admite a secretária Cristina. “Acho que a ideia foi muito bem aceita pela população de Montenegro.”

Ela conta que, com a proximidade do Inverno, está projetando a montagem de uma sala de nebulização e ajustes de estrutura física. “A gente vai passar por uma fase nova, que é o Inverno, e estamos começando a nos preparar para isso. A gente sabe que a demanda aumenta e, além disso, o paciente é de uma complexidade diferenciada”.

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