A poeira, o sol ou a chuva não assustam a recenseadora Eduarda Diehl. A brochiense de 21 anos passa os dias coletando os dados para o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola de 2017. “Já peguei até enchente, então nada mais me assusta”, aponta. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a projeção é visitar mais de cinco milhões de estabelecimentos até fevereiro de 2018. A pesquisa é para identificar e conhecer as características e a produção dos estabelecimentos agropecuários do Brasil.
Luis Casseres, agente censitário regional no Vale do Caí, afirma que o Censo iniciou simultaneamente em todos os municípios. Os agentes recenseadores serão identificados através do colete e boné azul marinho, crachá embutido no colete e o aparelho semelhante a um celular. Em todo o país são mais de 19 mil recenseadores, buscando informações. Não há custo ao cidadão.
Na localidade de Água Fria, interior de Brochier, a agricultora Marelise Keller, 45 anos, recebeu Eduarda e respondeu ao questionário. “Nos últimos dez anos tivemos algumas melhorias, mas que já estão desaparecendo”, observa Marelise, que atua ao lado do marido e dois filhos na produção de cítricos, leite e criação de suínos. “Acho importante esta pesquisa e espero que traga realmente os benefícios”, completa.
Vitória Hartmann, 22 anos, é a supervisora do Censo na região de Brochier. Segundo ela, a coleta de dados na cidade deve terminar antes de fevereiro. “Estamos indo bem, todos os recenseadores estão bem treinados e interessados em realizar um bom trabalho”. Ela pede que a população atenda bem ao recenseador.