Relatório com avaliação e indicações de onde buscar recursos deve ser entregue até maio
Em aproximadamente 60 dias, as lideranças do Vale do Caí devem receber o relatório completo com a avaliação e modos de viabilização de projetos inclusos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional 2015-2030 feito Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A estimativa é do vice-presidente e diretor de Planejamento e Financiamento do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, que esteve presente na sexta-feira, dia 22, no encontro com representantes dos Municípios da região no campus de São Sebastião do Caí da Universidade de Caxias do Sul (UCS). No momento, foi debatida a carteira de projetos do plano regional organizado pelo Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Caí (Codevarc).
O vice-presidente explicou no encontro que a entidade desmembrou em 46 projetos propostos em 56 e os classificou por tipos. Desses, conforme avaliação da instituição, 12 são do tipo 1, ou seja, financiáveis com recursos administrados pelo banco regional. No entanto, não foi especificado quais são esses projetos. A grande maioria, 57%, ficou classificada como tipo 3: “difíceis de serem financiados”. Isso ocorre pelos baixos valores dos projetos. A indicação é de que nesses casos se busque emendas parlamentares, convênios com os governos ou acordo de cooperação técnica com entidades internacionais.
Noronha salientou que nenhum dos projetos da região foi avaliado como tipo 2, aqueles nos quais a linha de crédito não opera, e que apenas dois foram classificados como tipo 5, projetos que dependem de recursos extra região. São eles: o projeto de estruturação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital Regional de Bom Princípio e o de aumento da capacidade das rodovias regionais. Nesses casos, a indicação é organizar um “lobby político” regional para conseguir o dinheiro necessário.
Houve ainda projetos classificados como tipo 4, que exigem custeio de ações e não grande investimentos, e do tipo 6, que não ficaram claros e foram objeto de discussão. O representante do BRDE ressaltou que um projeto não estar no Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional não significava que não seria financiável e salientou o potencial do Vale do Caí. “Na região, todos os Município estão sujeitos a crédito”, garantiu.
O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (Amvarc), o prefeito de Pareci Novo, Oregino José Francisco, disse entender que o melhor caminho é buscar o financiamento de forma individual em razão das dificuldades técnicas e políticas que a abertura de crédito conjunta pode criar. Ele salientou ainda que chamará um representante do BRDE para apresentar aos empreendedores de Pareci Novo as linhas de crédito.
Diretorias da Amvarc e Codevarc
O encontro também serviu para dar posse para as novas diretorias de dois órgãos com representatividade regional: a Amvarc e o Codevarc. Como foi adiantado pelo Ibiá, a nova diretoria do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Caí tem como presidente Alzir Aluisio Bach, vice-presidente Elias Silva da Rosa, secretária Silene Cornelius Auler, vice-secretário Carlos Augusto Lagemann e tesoureiro Clóvis Freiberger Júnior.
Na Amvarc, Oregino assumiu como presidente da associação. Hélio Inácio Müller, prefeito de Tupandi, é o vice-presidente e Clauro Josir de Carvalho, chefe do Executivo de Brochier, é o 2º vice-presidente. Carlos Eduardo Müller, comandante da Administração Municipal de Montenegro, é o 1º secretário. O prefeito de São Vendelino, Evandro Luis Schneider, é o 2º secretário. Fábio Persch, chefe do Executivo de Bom Princípio, é o tesoureiro.
Em suas prioridades na Amvarc, Oregino coloca a necessidade de trabalhar em diversas frentes. Ele observou que para isso será necessária a união de todos os Municípios. Ele elencou como pautas importantes a situação financeira do Hospital Montenegro, as obras paralisadas na ERS-411 e também o problema das pontes que ligam Pareci Novo e São Sebastião do Caí.