Estudo é o primeiro da Rede Municipal na feira internacional
Os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Valéria Maria Kirch, Lívia Carolina Bays e Miguel Justen Rockenbach, entraram para a história de São José do Sul, ao serem os primeiros estudantes-cientistas a exporem projeto na Mostratec Liberato. Na edição de 2024, desta que é a maior feira de iniciação científica da América Latina, os jovens, ambos de 13 anos, de fato representaram essa cidade com poucos mais de 2.600 habitantes.
A diretora, professora Vanessa Silva, desde o princípio pontuou que o foco não deveria ser o prêmio, mas a trajetória de desenvolvimento social e intelectual. Mas cabe salientar que o projeto dos estudantes do 7° Ano “Sindrome de Down: Como Conviver” é o vencedor entre 22 que estiveram na 2ª Mostra de Iniciação Científica de São José do Sul, o que lhe credenciou à Mostratec Júnior (Ensino Fundamental) e à Febratec de Brasília (online no dia 4 de novembro). É relevante também a cidade estar apenas em sua 2ª Mostra, e já enviou a primeira escola da Rede Municipal (formada por quatro) para o evento em Novo Hamburgo. “Em 2024 desafiamos os alunos para irem à Mostratec”, pontua a diretora.
Voltaram com mais conhecimento
A orientadora do estudo, e vice-diretora, professora Fernanda Stein, classificou os quatro dias de Mostratec Júnior como “experiência única’ à formação destes alunos. “Eles ficaram encantados com o tamanho da feira e com as diversas temáticas discutidas”, recorda. Ela valoriza essa adesão de informações e perspectivas ao intelecto dos jovens, que suplantou as possibilidades que têm em São José do Sul. “Pra gente, enquanto gestor, é um avanço ver nossos alunos ocupando o espaço que é deles”, finaliza a diretora Vanessa.
A respeito do projeto, a pesquisadora Lívia explica que o tema surgiu na convivência com um colega do Transtorno do Espectro Autista, o que pede cautela e compreensão. Todavia, a orientadora sugeriu outro caminho, pois a experiência empírica com Autismo reduziria a necessidade de pesquisa. Miguel revela que foram usadas biografias e informações da psicopedagoga da Emef, Daiana Tonietto, e do médico pediatra Henrique Lopes Cunha. “Concluímos que as pessoas do Down têm um pouco de dificuldade para se adaptar. Mas com apoio adequado podem estudar, trabalhar, vivendo de forma ativa e integradas à sociedade”, explicou.
Ensino “De Placa”
A Emef Prof. Valéria Maria Kirch recebeu em outubro uma Placa de Honra ao Mérito devido ao avanço significativo no Ideb 2023 (Anos Iniciais de 6,8 em 2021 a 7,2 em 2023; Finais de 4,3 em 2021 a 5,0 em 2023); concedida pelo Sistema de Ensino Aprende Brasil, do Grupo Positivo. “É o resultado do trabalho realizado entre a Gestão Municipal, que apresentou um olhar atento as necessidades da nossa Comunidade Escolar, e da parceria estabelecida entre escola e famílias”, avalia a diretora Vanessa. A Escola tem 135 alunos com turmas do 3º ao 9º Ano do Fundamental.