Encontro de Coros uniu tradição e cultura em domingo de muita música

Com a participação de grupos de diferentes cidades da região, aconteceu a 24ª edição do Encontro de Coros de Pareci Novo, realizado na Igreja Matriz São José, localizada no centro da cidade. Além das apresentações musicais, a programação contou um almoço de confraternização aberto à comunidade, no Ginásio Municipal Armin Adolfo Heldt.

O coro Misto Nossa Senhora do Rosário, de Teutônia, se apresentou com as cores rosa e azul, lembrando a luta contra o câncer de mama e próstata

Era próximo das 10h da manhã do último domingo, 3, quando ecoou, da igreja matriz, um marcante e harmônico conjunto de vozes líricas. Com clássicos da música popular brasileira, louvores e canções folclóricas, as apresentações emocionaram quem assistia ao espetáculo do canto coral, como revelou a aposentada Regia Fell. “Isso tudo é muito lindo, mexe com a gente”, disparou, emocionada. “Além de bonito, esse encontro possibilita com que as novas gerações conheçam um pouco mais dessa cultura e possam se interessar”, acrescentou.

À frente do coro anfitrião – o Coral Municipal de Pareci Novo –, o maestro Adriano Roberto Krahl destaca que o evento tem o intuito de fomentar e incentivar as produções artísticas dos grupos presentes em vários municípios da região. “Depois dos ensaios que acontecem semanalmente, os grupos se apresentam em eventos religiosos, cívicos e festivos dos municípios quando são convidados, assim, esse encontro é uma maneira de retribuir, dar sentido e de trazer coros de outras cidades, as quais nos convidam também”, explica Adriano.

No evento, além do coro anfitrião e do Coral Infantil de Pareci Novo, também estiveram presentes o Coral Municipal de Harmonia; Coral Municipal de Poço das Antas; Coral SOCEF, de Feliz; Coro Gente Que Canta, de Novo Hamburgo; Coral Misto de Nossa Senhora do Rosário, de Teutônia e o Coral Santa Cecília.

Evento lotou a Igreja Matriz São José, no centro de Pareci Novo

Integrante do coral SOCEF desde 2012, o aposentado Zeno Franzen conta que uma de suas maiores motivações em participar do coral é a questão identitária. “Essa cultura vem de antepassados alemães, que vieram para o Brasil e trouxeram essa arte junto, por isso, reservar os coros é preservar as nossas origens”, ressalta Franzem, que ainda revela curiosidades sobre o processo de aprendizagem que passo no grupo. “No início, quando comecei, achava um pouco difícil e pensei que não fosse pegar jeito, mas depois de algumas tentativas consegui aprender e hoje me orgulho muito em poder contribuir com algo culturalmente rico”, disse.

Canto coral atravessa gerações
Trazida para o Brasil pelos imigrantes alemães luteranos, a cultura do canto coral foi aos poucos disseminada entre outras religiões, como a católica, e hoje atravessa gerações. “Os imigrantes fundavam, aqui no país, sociedades de canto para ter um lazer no fim de semana, assim como tinham as sociedades de bolão e tiro”, explica Adriano Roberto Krahl. “Isso foi se perpetuando e os municípios passaram a investir nos coros municipais”, acrescentou o maestro.

Atualmente, com 20 integrantes e sob a regência do maestro Ademir Klauck, o Coral Santa Cecília foi um dos mais antigos grupos a se apresentar. Criado em no ano de 1860, até hoje permanece ativo levando muita cultura e arte por onde passa.

Na 24ª edição do Encontro de Coros de Pareci Novo, o grupo presenteou o público com cantos do “Hino ao Rio Grande”, de Paixão Côrtes e Simão Goldmann, “Ave verum”, de Wolfgam Amadeus Mozart e “Bier Lied”, um pout-porri de canções folclóricos alemãs.

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