Estudantes de Pareci convidam à reflexão e são enfáticos nas respostas
Foi preciso o espaço do Ginásio Armin Heldt para conseguir reunir o talento e o conhecimento dos estudantes de Pareci Novo. A 4ª Feira Municipal de Iniciação Científica (Feinc) recebe 56 projetos educacionais, expostos até o meio-dia deste sábado, 14, quando serão divulgados os destaques.
A curiosidade e sapiência dos jovens pesquisadores oferecem ao público temas variados, entre saúde, tecnologia, economia e comportamento. Em um estande, por exemplo, os colegas Kaio Maciel Bortolozzo, 14 anos, e Cristofer Alex Huinning, 13, 8º Ano da Escola Municipal José Pedro Mendel, falavam sobre “A Santa Inquisição”. Além dos erros e da crueldade do tribunal eclesiástico, Bortolozzo, que é pagão e segue a vertente Wicca da bruxaria, focou também na crendice da época.
Os alunos salientam ainda o fato de praticamente apenas mulheres terem sido acusadas desta suposta prática do mau, em tempos em que o sexo feminino era subjugado e discriminado.“A gente acredita mais na natureza” explica, ao desmitificar a bruxaria como um ato de maldade. Huinning classifica os acontecimentos da Idade Média como “muita besteira”.
Tecnologia sem esquecer-se do corpo
Em outro período está o estudo das alunas do 9º Ano da José Pedro Mendel, “Assistentes de Voz Contemporâneas”. Isadora Maiara Wenzel, Joana Kiara Lunkes, ambas 14 anos, e Angelina Soares, 16, focaram nos modelos Alexa e Siri, ressaltando benefícios desta tecnologia. Um grupo bastante beneficiado é das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Elas assinalam que os aparelhos estão cada vez mais presente na casa dos brasileiros, o que tem reduzido o preço. Isadora explica que estes são equipados com o Machine Learning (máquina de aprendizado), que é um subproduto da I.A. (inteligência artificial) baseado em padrões de busca do usuário.
Já o grupo de Manuela de Resende Rockenbach, Allana Martini e Maísa Colling alerta ao “Sedentarismo Infantil” e à consequente obesidade. As alunas do 7ª Ano da José Pedro Mendel realizaram estudo de campo a respeito da prática de exercício físico, ouvindo 130 colegas, dos 6 aos 15 anos. Neste universo, o resultado apontou tendência ao hábito (apenas 7 nunca praticam). Maísa observa que o bom resultado foi puxado pelos mais novos, que ainda não foram inteiramente coaptados pelo “online”.
Muita curiosidade e sensações
No espaço da pré-escola e Séries Iniciais o lúdico foi libertado. No projeto “Formato da Terra: Um Resgaste Histórico”, os colegas Arthur Müller, Giovana Moraes Jacobsen e Mateus Brand Ferreira foram definitivos: a terra é redonda. Os alunos da turma mista 4º e 5º Ano da Emef Rui Ramos provaram por meio de um experimento simples, usando bola de futebol e um barco de papel.
“O barquinho vai sumindo no horizonte”, explicou um dos pesquisadores.
Orgulho também no estante da Emei Profª. Elisane Schneiders Lutckmeier, que supre parte do gás da cozinha através de uma usina de Biodigestor. A turminha do Jardim B foi estudar o sistema que gera Metano a partir dos resíduos da merenda, e desta vivência saiu o nome do biofertilizante líquido “Pum da Força”. Porque dá força as plantinhas e tem cheiro de pum!
