Perto do fim de seu segundo mandato, prefeito avalia seus oito anos de gestão
O início de 2021 representará o fim de um ciclo de oito anos em Maratá. Isso porque chegará ao fim a gestão de Fernando Schrammel (PSDB) e Gilberto Martins (Progressistas), que esteve à frente do Executivo marataense desde 2013. Fazendo uma análise da sua gestão, o prefeito acredita que conseguiu trazer ao Município avanços em todas as áreas.
“A gente está deixando os pilares para o Município crescer”, enfatiza. Na área da Educação, por exemplo, Fernando cita como avanços a construção da nova sede da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Descobrindo a Vida, a inclusão do turno integral nas escolas da rede municipal e o auxílio transporte dado para estudantes universitários e de cursos técnicos. O prefeito também elenca melhorias promovidas nos parques das cascatas – e aqui salienta que já são seis anos sem registro de mortes nelas – e destaca como legado ao Turismo o projeto para a construção de uma rua coberto junto à praça municipal Dora Lydia Brocker, no Centro.
“Na parte de indústria, apesar de nós termos perdidos a fábrica de calçado (Kildare), construímos um distrito industrial onde as empresas, hoje, estão crescendo”, aponta Fernando. O chefe do Executivo ressalta, ainda, que um novo distrito industrial está sendo preparado e que já há empresas interessadas em se instalar nele. É justamente na área de atração de indústria e geração de empregos que Fernando vê algo que ficou pendente durante sua gestão. “A gente conseguiu avançar, a gente criou empregos, só que a gente gostaria que aquilo que tinha tivesse continuado. Agora, no final do mandato, a fábrica de calçados fechou e fica aquele sentimento que parece que você criou empregos, mas perdeu”, analisa.
No entanto, o chefe do Executivo mostra confiança de que a situação irá mudar no futuro, quando o cenário econômico for mais favorável. Além disso, ele observa que houve pendência na Agricultura. “Eu diria que na Agricultura a gente cresceu muito, mas algumas mudanças que a gente fez ainda não estão compreendidas. Isso demora um tempo”, pondera.
Planos para o futuro
Fernando elegeu-se prefeito por duas vezes e também, antes disso, teve passagem pelo Legislativo marataense. Essa vida política ele vê que ocorreu com naturalidade.
“Como eu nasci e me criei aqui em Maratá, via algumas coisas que teriam que acontecer e não estavam acontecendo”, comenta. No entanto, ele diz ser, primordialmente, um cidadão marataense e que assim seguirá. “Vou ficar como cidadão e vou ajudar o novo governo, sempre vou estar disponível para ajudar o Município onde for necessário”, garante.
“Se eu pudesse voltar atrás, faria diferente”
Nos oito anos de mandato, Fernando foi o centro de algumas polêmicas – a mais recente a nomeação da companheira para o cargo de chefe de Gabinete – e também de processos na Justiça – ele já foi condenado por crimes de responsabilidade e responde a outros processos. Para o prefeito, isso ocorre porque, logo que ele assumiu, havia muita vontade e pouca experiência. “O nosso grande problema foi no início. Todos os processos que estou respondendo são de 2013 e 2014”, aponta o chefe do Executivo.
“Talvez a gente atropelou algumas coisas. A gente deu alguns, no popular, ‘peitaços’ que poderiam ter sido evitados”, analisa o prefeito. “Aconteceram essas questões. Se eu pudesse voltar atrás faria diferente, mas fazer o quê? A gente entrou com muita vontade, a gente entrou querendo fazer tudo muito rápido e isso acabou nos prejudicando”, complementa Fernando.