Superação. No encerramento do Outubro Rosa, mulheres dividem suas histórias
O encerramento da campanha Outubro Rosa Tânia Izabel Büttembender, de prevenção ao câncer feminino em Brochier, foi emocionante por dois aspectos. Primeiro pelos depoimentos de algumas pacientes curadas ou em tratamento. E segundo, pelo momento em que familiares subiram ao palco do Auditório Municipal para entregar uma rosa a cada uma daquelas 13 guerreiras.
O grupo compõe as 20 brochienses que curaram ou estão tratando Câncer de Mama, conforme levantamento da Secretaria de Saúde e Assistência Social considerando os últimos 15 anos. Para um público de mais de 100 pessoas, Claudine Braum Spech e Sandra Daune contaram tudo: desde o diagnóstico; a mudança de rotina; o impacto na família, que respondeu com afeto; à luta diária do tratamento.
Todavia, o que de mais importante as Vitoriosas trouxeram foi o fato de estarem ali, bem, e podendo alertar outras mulheres sobre a importância dos exames preventivos. Logo receberam da platéia outros relatos de companheiras de luta, de amigos e de familiares de diagnosticadas. Então, ao final da Tarde das Vitoriosas, foi a vez de irem as lágrimas ao verem ao seu lado pessoas amadas.
E esses, por acompanharem a luta delas, se sentiam tão abençoados quanto as Vitoriosas de Brochier. As rosas foram entregues sob o som das vozes infantis do Coral Vida Em Canto, dando um clima ainda mais emocionante. O ápice foi a Caminhada Rosa pelas ruas centrais de Brochier, levadas pela Banda Marcial EOF, no qual essas mulheres mostraram que nada têm para se envergonhar.
Cidade tem resultados significativos com o Outubro Rosa 2018
A secretaria, Priscila Kleber Viacava, estima que 550 mulheres foram alcançadas nas ações do Outubro Rosa. 18 localidades do interior foram contempladas com palestras e atividades, como a simulação do auto-exame de mama.
Os encontros serviram ainda para encaminhar agendamentos para exame preventivo de câncer de colo de útero. A receptividade foi ótima e a participação altíssima, graças ao sistema de palestras “verdade ou mentira?”. Priscila explica que nele as moradoras recebiam um cartão no qual havia informações a respeito da doença.
Elas precisavam dizer se era verdade ou mentira e por quê. Depois a equipe da Saúde confirmava ou corrigia a informação. “Chamava atenção para a resposta, se estava certa”, comentou, confirmando um divertido clima de disputa. A secretaria relata não terem encontrando na colônia mulheres totalmente desinformadas. Ela aposta que esse é um reflexo do trabalho do Município.
Inclusive, Brochier alcançou 107% da meta de assistência estipulado pelo Governo, conforme divulgou neste mês a Secretaria de Estado da Saúde. Assim, a cidade superou o li mite de 40% da população feminina com mais de 59 anos beneficiada com exames pelo SUS. “Na prática, esse número de mulheres atingidas é maior”, afirma Priscila, salientado a assistência via rede privada.