Com a chegada da estação mais quente do ano e a proximidade das festas de fim de ano, muitas pessoas dão aquela “geral” na casa e colocam em dia todas as limpezas e manutenções necessárias. Um dos serviços essenciais, que deve ser realizado a cada seis meses, é a limpeza da caixa d’água, que pode ser feita pelo próprio morador – que deve ter atenção redobrada à segurança – ou por uma empresa especializada no serviço de limpeza e desinfecção dos reservatórios de água para consumo humano.
A higienização periódica das caixas d’água é de suma importância para a saúde de quem utiliza. No entanto, a limpeza não pode ser feita com vassoura, escovas de aço, palha de aço e objetos semelhantes. Além disso, especialistas alertam que nunca se deve usar detergente, sabão ou outros produtos químicos. Deve ser utilizada apenas água sanitária. O procedimento de limpeza deverá ser realizado com o uso de máscara e luvas.
Em alguns casos, os reservatórios de água ficam em locais de difícil acesso ou com risco de queda. Em relação às caixas de grande porte, como as de condomínios, por exemplo, é aconselhável procurar um serviço profissional. Além disso, quem reside em condomínio deve consultar o síndico para se certificar sobre a limpeza da caixa d’água do prédio e se o procedimento tem sido realizado dentro do período recomendado.
A Portaria RS/SES nº 1237 de 28 de novembro 2014, determina que o serviço de limpeza e desinfecção dos reservatórios de água para consumo humano deve ser executado exclusivamente por empresas licenciadas pela Vigilância Sanitária municipal. Outro ponto imprescindível: a caixa d’água deve ser mantida sempre bem fechada, para que insetos, sujeiras ou até animais pequenos não entrem no reservatório. Essa ação é fundamental para evitar a transmissão de doenças e a necessidade de higienização extra.
“A limpeza periódica dos reservatórios de água é de extrema importância para garantir a potabilidade da água, pois não adianta a água chegar nas residências com o tratamento adequado e encontrar um reservatório sujo e contaminado”, reforça Silvani Inês Scheid, gestora da Corsan em Montenegro.
Confira abaixo os procedimentos detalhados na Portaria RS/SES nº 1237 de 28/11/2014 para a limpeza e desinfecção das caixas d’água para consumo humano:
Passo a passo para fazer a higienização correta
1 – Feche o registro geral do hidrômetro ou amarre a boia direto na caixa d’água;
2 – Programe-se para utilizar essa água armazenada para serem consumidas pelas torneiras, descargas ou na limpeza doméstica evitando assim o desperdício;
3 – Caso necessite de uma escada, certifique-se de que esteja bem ancorada;
4 – Deixe a caixa parcialmente vazia (com aproximadamente 20 cm de água no fundo para limpeza);
5 – Inicie a limpeza do reservatório de água usando luvas de borracha, escova com fio de plástico macio, balde, panos e água sanitária;
6 – Nunca use escova de aço, sabão, detergente ou outros produtos químicos de limpeza doméstica;
7 – Tampe a saída com um pano para poder usar a água do fundo e para a sujeira não descer pela tubulação;
8 – Utilize a escova com fio de plástico macio para lavar as paredes, fundo da caixa e a tampa;
9 – Abra o registro de limpeza (conhecido como ladrão) ou retire a água da lavagem e a sujeira com uma pá de plástico, balde e panos. Seque todo o fundo com pano (evite passar nas paredes);
10 – Abra o registro ou solte a boia e deixe entrar um pouco de água (aproximadamente 20 cm), adicione 2 litros de água sanitária e deixe agir por duas horas, use esta solução desinfetante para enxaguar as paredes com auxilio de uma trincha e um recipiente de plástico, caso a parede seque repita o procedimento até completar as duas horas;
11 – Ainda com a boia amarrada ou o registro fechado descarte esta água nas torneiras e acione as descargas para desinfetar todas as tubulações no local;
12 – Abra a entrada de água ou desamarre a boia, deixe a caixa encher;
13 – Tampe a caixa corretamente para evitar novas contaminações e entrada de insetos e anote em uma etiqueta adesiva a data da limpeza do reservatório de água, (não se esqueça de repetir o mesmo processo a cada seis meses).