“Muito verde”. Estudante esteve na cidade poucos dias antes da tragédia e se encantou com a beleza do local
O estudante de Odontologia Leonardo Kraemer Wentz, de 20 anos, esteve em Brumadinho (MG) no último dia 19. O jovem, acompanhado por familiares, visitou o Museu Inhotim e ficou encantado com a beleza do local. O acadêmico, que há sete meses reside em Caxias do Sul, registrou belas imagens onde mostra a predominância do verde, algo totalmente diferente das fotos que circulam pelo mundo desde a última sexta-feira, 25, quando a barragem de rejeitos da Vale rompeu, manchando de marrom os belos cenários.
“Era uma cidade com muito verde, bastante natureza, de pessoas humildes e casas simples, ao menos no local que passamos”, lembra Leonardo.
Depois que soube do ocorrido em Brumadinho, o passeio pelas Cidades Históricas de Minas Gerais certamente ganhou um novo sentido para Leonardo. “O sentimento é de uma forte angústia, principalmente por saber do número de pessoas atingidas, mas também por ter estado lá e ter visto a cidade de perto”, comenta. “Outro fato de grande tristeza foi logo que soube, quando estavam evacuando o museu por medo de atingi-lo, pois é sem duvidas um dos locais mais belos que já visitei”, sublinha o estudante.
Olhar para os registros fotográficos ajuda a amenizar o sentimento de tristeza, mas só de pensar que as coisas por lá mudaram tanto, em menos de uma semana, emociona o montenegrino.
No 5º dia de buscas, 65 corpos já foram resgatados da lama em Brumadinho
Mais corpos foram encontrados nessa terça-feira, 29, 5º dia de buscas após a tragédia provocada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho. Até o momento, há 65 mortes confirmadas – 31 vítimas foram identificadas – 288 pessoas ainda estão desaparecidas.
A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na sex
ta-feira, 25. A lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. Entre as vítimas, estão moradores e funcionários da Vale. A vegetação e rios foram atingidos.
Das 31 vítimas já identificadas, 18 eram funcionários da Vale e 13, terceirizados ou moradores da comunidade. Entre os desaparecidos, 114 são funcionários da mineradora e 174 são terceirizados ou moradores da região atingida pela lama.