A corte Constitucional da Coreia do Sul confirmou nesta sexta-feira (9) a destituição da presidente Park Geun-hye, suspeita de estar envolvida em um escândalo de corrupção. Ela já estava afastada do cargo, por decisão do Parlamento, desde dezembro passado.
As ações de Park “constituem um grave atentado ao espírito (…) da democracia e ao Estado de Direito”, disse o presidente da Corte Constitucional, Lee Jung-Mi. “A presidente Park Geun-Hye (…) foi destituída”, acrescentou.
A decisão unânime do tribunal acaba com meses de crise política e prevê a convocação de eleições antecipadas nos próximos 60 dias.
Park, filha do ditador Park Chung-hee, se tornou a primeira presidenta da Coreia do Sul, ao ser eleita em 2012 com a maior votação da história democrática do país.
Em dezembro, o Parlamento destituiu Park por corrupção e abuso de poder, em uma decisão confirmada nesta sexta pela mais alta corte do país. Park, de 65 anos, se tornou a primeira líder sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo.
Com a decisão, Park será obrigada a abandonar o Palácio Presidencial e perderá sua imunidade de chefe de Estado. Ela vai enfrentar a um novo inquérito de procuradores federais.