Rio Grande do Sul terá redução populacional a partir de 2027, aponta IBGE

PROJEÇÃO é taxa de fecundidade no Estado chegue a 1,49 em 2070

Nessa quinta-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novas Projeções de População, com dados do Censo Demográfico 2022. O estudo revela que o Rio Grande do Sul está entre os primeiros estados brasileiros a enfrentar uma redução populacional significativa, com início previsto para 2027.

De acordo com as projeções, a população do Estado atingirá seu pico em 2026, totalizando 11.233.317 habitantes. Após esse ponto, a tendência é de declínio gradual, com a população estimada em 9.102.614 até 2070. Esta diminuição reflete um padrão nacional que evidencia uma mudança demográfica substancial no Brasil.

As projeções do IBGE estimam que a população do país vai parar de crescer em 2041, quando chegará a 220.425.299 habitantes. O estudo demográfico também mostra que, de 2000 para 2023, a taxa de fecundidade caiu de 2,32 para 1,57 filho por mulher, e deve recuar até 1,44 em 2040, quando atinge seu ponto mais baixo. Já a idade média da população brasileira atingiu 35,5 anos em 2023 e deve subir para 48,4 anos em 2070.

As Projeções de População do IBGE utilizam dados provenientes de diversas fontes, como os três censos demográficos mais recentes (2010, 2010 e 2022), a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974) o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde, entre outros. Seus cálculos permitem acompanhar a evolução dos padrões demográficos do país.

Além de servirem de parâmetro para políticas públicas nas três esferas de governo, as Projeções de População permitem que o IBGE atualize as amostras de suas pesquisas domiciliares, como a PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

Para Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, a principal importância das Projeções é informar qual é a população do país a cada ano, pois os censos demográficos ocorrem apenas a cada dez anos. “Essa informação, por idade e sexo, é fundamental para se elaborar políticas públicas voltada para crianças, idosos ou para a força de trabalho.”

Taxa de fecundidade cai
Segundo as Projeções de População 2024, a taxa de fecundidade do país era de 2,32 filhos por mulher em 2000, recuou para 1,75 filhos por mulher em 2010 e chegou a 1,57 em 2023. Nos próximos anos, essa taxa deve recuar para 1,47 em 2030 e atingir seu ponto mais baixo em 2041, chegando a 1,44 filho por mulher.

Esse indicador vem decrescendo como consequência de uma série de transformações ocorridas na sociedade brasileira desde meados do Século XX. Assim como ocorreu no território nacional, a taxa de fecundidade no Rio Grande do Sul reduziu de 2,32 para 1,51 filho por mulher entre 2000 e 2023. A projeção é de que o índice chegue a 1,49 em 2070.

As regiões com as taxas de fecundidade mais altas em 2023 foram Norte (1,83) e Centro-Oeste (1,71), enquanto o Nordeste (1,56), o Sul (1,56) e o Sudeste (1,48) tinham as taxas mais baixas. Entre os estados, a taxa de fecundidade mais alta foi a de Roraima (2,26) e a mais baixa, do Rio de Janeiro (1,39).

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