Sol, calor e muita vontade de se refrescar. É Verão. O período é marcado por altas temperaturas e maior exposição ao sol. Esses fatores elevam a preocupação com a incidência do câncer de pele. E se o mês que fecha o ano é marcado pelo Dezembro Laranja, que busca conscientizar a população sobre os cuidados com a doença, em janeiro e fevereiro os cuidados precisam seguir.
O Rio Grande do Sul se destaca entre os estados com maiores índices de casos da doença no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) o estado tem uma das maiores taxas de incidência de câncer de pele não melanoma, o mais comum do país. Já as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte do número de casos, cerca de 70%.
Os cânceres de pele são divididos em dois tipos, os não melanomas e os melanomas. De acordo com o INCA o Brasil registra uma média de 625 mil casos de câncer por ano, sendo 30% cânceres de pele. A grande maioria, cerca de 180 mil, são de não melanomas. Mas embora o número de casos de melanomas seja menor, os médicos alertam para a sua alta mortalidade, cerca de 20%.
De acordo com Felice Riccardi, cirurgião oncologista da Santa Casa de Porto Alegre, pessoas com pele e os olhos claros têm mais propensão a ter a doença. Assim como aqueles que se expõem ao sol excessivamente ou tem a imunidade mais baixa por conta de alguma doença ou transplante. Pacientes que têm histórico familiar de câncer de também têm uma chance maior de desenvolver a doença.
Riccardi destaca que a prevenção é a melhor maneira de combater a doença. Um dos cuidados recomendados pelo médico é não tomar sol entre às 10h da manhã e às 4h da tarde. Ele também recomenda o uso de filtro solar, chapéu que proteja a orelha e o uso de óculos de sol escuro com proteção ultravioleta.
A identificação da doença logo no início também é outro ponto importante destacado pelo médico. No caso do câncer não melanoma um dos fatores que pode ajudar na identificação pelo próprio paciente é a aparição de feridas que não curam. Já no caso de melanomas o mais comum é a aparição de manchas ou pintas escuras que geralmente são identificadas pelos próprios pacientes.
“Quando temos uma lesão suspeita o indicado é procurar um médico especialista em pele para que esse profissional consiga fazer uma avaliação dessa lesão. É muito importante que as pessoas conheçam a sua pele e possam se autoexaminar. O diagnóstico logo no início é essencial, porque nesses casos a chance de curar é altíssima, próximo de 95%”, destaca o cirurgião da Santa Casa de Porto Alegre.