O Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, está selecionando voluntários para o protocolo da pesquisa clínica Gavotte com novo tratamento para pacientes com esclerose múltipla. O estudo pretende avaliar a eficácia, a segurança e a farmacocinética de uma dose mais alta da medicação ocrelizumabe, em comparação com a dose aprovada de 600 mg.
Os voluntários precisam ter entre 18 e 55 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de esclerose múltipla progressiva primária. Ao todo, devem ser recrutados 30 pacientes em 11 instituições do Brasil. Mais informações sobre a pesquisa basta contatar o hospital pelo telefone (51) 3314-2965 ou pelo email [email protected].
Os participantes serão randomizados — ou seja, os integrantes são escolhidos de forma aleatória. Serão um mínimo de cinco doses de tratamento mais altas (1200 mg ou 1800 mg), de acordo com o peso corporal, de ocrelizumabe administrado por infusão intravenosa (IV), a cada 24 semanas na fase de tratamento duplo-cego. A estimativa é que o estudo seja concluído em setembro de 2028.
Segundo a responsável pela pesquisa e médica neurologista do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento, Maria Cecília Aragon de Vecino, o estudo Gavotte visa os pacientes primariamente progressivos e os protocolos são bastante rígidos, já que o objetivo é avaliar os que estejam sem tomar a medicação de ocrelizumabe há pelo menos dois anos. “Basicamente, queremos testar um ajuste de dose”, afirma. A pesquisadora destaca ainda que a eficácia da droga já é conhecida nos pacientes com evolução primariamente progressiva, e é muito boa.