Secretaria Estadual da Saúde declarou emergência em saúde pública na última semana
O Rio Grande do Sul está em situação de Emergência em Saúde Pública por conta da confirmação da circulação do vírus da febre amarela. O boletim informativo epidemiológico de arboviroses do Estado informa a circulação do vírus em 23 municípios gaúchos. Não há, no entanto, nenhuma cidade do Vale do Caí nesse grupo.
Os 23 municípios do Estado que tiveram circulação do vírus da febre amarela estão em área vermelha (afetada) no mapa, onde foram encontrados primatas mortos, contaminados por mosquitos de áreas silvestres que transmitem o vírus da doença. Além disso, outras 72 cidades, situadas no entorno desses municípios que tiveram a confirmação, são consideradas de área amarela, com risco de também virem a ter circulação do vírus.
Entre os municípios na área amarela, está Triunfo. Por isso, o sinal de alerta está ligado no Vale do Caí, já que há grande circulação de pessoas entre a cidade e Montenegro. A secretária da Saúde de Montenegro, Cristina Reinheimer, afirma que, até o momento, a Vigilância Epidemiológica não foi notificada de casos no município. Vale salientar que a doença não foi detectada em humanos até agora.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, silvestre ou urbana. O vírus é transmitido por mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Os casos que ocorrem no Brasil são silvestres, quando o vírus é transmitido por mosquitos que vivem em áreas de mata. Desde 1942, não existem casos de febre amarela urbana, transmitida pelo Aedes aegypti. O Estado não registrava a presença do vírus da febre amarela desde 2009. Em janeiro de 2021, foi confirmado o caso de um bugio morto no município de Pinhal da Serra, na Região Serrana, próximo à divisa com Santa Catarina. Contudo, após investigação no período de julho de 2020 até o dia 26 de abril de 2021, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) registrou 266 casos de macacos mortos.
Para enfrentar a disseminação da febre amarela, o biólogo do CEVS, Marco Antonio Barreto de Almeida salienta que “é preciso vacinar a população, investigar presença de primatas mortos e também proteger os primatas, por não serem responsáveis pela transmissão dos vírus aos humanos”. A vacina contra a febre amarela integra o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pode ser encontrada nas Unidades de Saúde da Atenção Primária.
O Informativo Epidemiológico do RS confirmou nesta semana 3.014 casos de dengue no Estado, sendo 2.923 casos autóctones e cinco óbitos, sendo dois em Santa Cruz, dois em Erechim e um em Bom Retiro do Sul. Só de chikungunya são 878 casos em São Nicolau (até o dia 28 de abril). Ijuí e Bento Gonçalves registram um caso cada.
Montenegro terá ação de combate à dengue no fim de semana
A Secretaria de Saúde de Montenegro, por meio da Vigilância Sanitária, realizará uma atividade de controle vetorial no combate à dengue neste fim de semana. A ação ocorrerá no bairro Timbaúva, começando pelas proximidades da Praça São Pedro. Agentes de combate a endemias irão percorrer os quarteirões do bairro a fim de orientar a população sobre a prevenção e as ações que cada um deve tomar para evitar a proliferação do mosquito.
Assim como boa parte dos municípios gaúchos, Montenegro, possui, neste momento, infestação de Aedes aegypti. No entanto, não há casos registrados. São 33 focos positivos de Aedes neste ano. De acordo com a chefe da Vigilância Sanitária, Silvana Schons, é necessário orientar a comunidade sobre as medidas preventivas.
Ações como limpar e tampar bem a caixa d’água, eliminar qualquer tipo de água parada em potes e vasos de flores, assim como descartar o lixo de forma consciente, são fundamentais para a prevenção contra o Aedes aegypti. Medidas simples que fazem uma grande diferença para combater o vírus transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
A Administração Municipal informa que a ação de controle vetorial seguirá acontecendo no bairro Timbaúva nos próximos finais de semana. Após completar o serviço no local, a Vigilância Sanitária irá para outros bairros da cidade. Os agentes estarão identificados com uniforme e crachá para serem reconhecidos pela comunidade.