Um pedido por comprimidos de cloroquina feito ao ministério da Saúde por Municípios da região através do Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí (CIS-Caí) e da Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (Amvarc) foi atendido. Em ofício, o órgão federal informou ao Consórcio CIS-Caí que o montante solicitado pelas cidades foi entregue diretamente a elas por meio do Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEx).
Apesar de o documento informando sobre o aceite do pedido ter chegado ao CIS-Caí apenas no final da semana passada, na prática, o medicamento chegou antes. Os comprimidos chegaram aos Municípios da região há cerca de um mês.
Conforme o ofício recebido pelo Consórcio Intermunicipal, Montenegro recebeu nove mil comprimidos do medicamento. Em Capela de Santana foram entregues duas mil unidades do remédio e em Harmonia foram 1 mil. Brochier e Maratá receberam cada um 500 comprimidos.
Houve também o pedido pelo envio de outros medicamentos, como azitromicina, sulfato de zinco e ivermectina, que foi negado. Esses remédios fazem parte de orientações do ministério da Saúde para manuseio de medicamentos precoces de pacientes diagnosticados com a Covid-19.
De acordo com a secretaria municipal de Saúde (SMS) de Montenegro, o Município já dispõe do medicamento, que é entregue pela União. No entanto, a demora na entrega de tal remédio por parte do ministério da Saúde motivou o pedido em conjunto via CIS-Caí e Amvarc.
“Antes a Secretaria Municiapal da Saúde entregava hidroxicloroquina para pacientes com prescrição médica. Agora, são entregues comprimidos de cloroquina, também com prescrição”, informa a pasta, via assessoria de comunicação do município.
A secretária de Saúde e Assistência Social de Brochier, Mônica Aline Kerber Neis, explica que o medicamento foi solicitado para ser prescrito em casos nos quais a área técnica da pasta julgue necessário o seu uso. Assim, além do uso para o tratamento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, a cloroquina poderá, segundo Mônica, ser usada também para o tratamento precoce da Covid-19, conforme avaliação médica baseada em casos observacionais e de acordo com os protocolos de estudo. No entanto, de acordo com a secretária, a demanda pelo medicamento não tem sido alta no município.
Em Maratá, nenhum comprimido de cloroquina foi dispensado pela farmácia do Município até o momento. A entrega do medicamento ocorreu há mais de um mês. Segundo informações do Executivo marataense, o remédio será apenas liberado conforme prescrição médica. Além disso, a medicação poderá ser utilizada tanto para o tratamento da Covid-19 quanto de outras doenças para as quais a cloroquina é indicada.