Chocolate pode ser aliado da saúde, mas sem exageros

Para a Páscoa. Saiba as melhores opções e quantidades ideais para consumir o doce

A Páscoa é uma data de muita importância para os religiosos, mas também é tempo de algumas delícias. Ovos de chocolate são queridinhos não só das crianças. Mas, não é de hoje que se sabe que, em excesso, podem trazer malefícios à saúde, principalmente para quem tem diabetes. Então, cuidado!
E você sabe qual chocolate é menos calórico? E o mais nutritivo? As crianças podem consumir? Quem tem restrições alimentares, fica sem? A nutricionista montenegrina Karina da Silva dos Santos, pós-graduada em nutrição clínica esportiva, explica:

Qual o mais saudável?
Há diversos tipos de chocolate e os mais consumidos são o branco, o amargo e o ao leite. Mas, afinal, além do sabor, o que muda na composição? Começando pelo branco, Karina conta os ingredientes: leite, açúcar e manteiga de cacau. Ou seja, não leva a massa do cacau em sua composição. “Por isso o chocolate apresenta mais gordura, mais açúcar e menos benefícios para nossa saúde”, pontua.

Já o chocolate amargo leva a massa de cacau, manteiga de cacau e açúcar. “A massa de cacau pode variar de 50% a 100%. Quanto mais amargo, mais benefícios para a saúde. Isso por ser rico em antioxidantes, combater radicais livres, ajudar na questão do colesterol e dar a melhora do humor”, cita. O chocolate ao leite leva os mesmos ingredientes que o meio amargo, mas tem mais açúcar, mais manteiga e menos cacau. Falando de calorias, cada 20gramas têm 138Kcal no caso do chocolate branco, 115Kcal se for o amargo e 110kcal o ao leite, o menos calórico.

Assim, o chocolate mais “saudável” é aquele que tem a partir de 70% de cacau em sua composição. Isso porque essa fruta, principal ingrediente do chocolate, é um alimento funcional, com valor nutricional que auxilia na manutenção da saúde se consumido de forma regular e moderada. O fruto é rico em substâncias que ajudam na defesa a diversas doenças e auxiliam o bom funcionamento do organismo. “Além de antioxidante, ele tem vitamina A, B, C, D, E, magnésio, ferro e ajuda a controlar o humor, como já disse anteriormente. Então a gente tem que cuidar as quantidades. Podemos comer de tudo, mas não tudo”, ressalta.

E pessoas com restrições?
Pessoas com restrições alimentares não precisam, necessariamente ficar longe dos chocolates. Tem como aproveitar sem prejudicar a saúde. Segundo Karina, basta escolher a opção correta. Começando pelo Diet, recomendado para os diabéticos. “Deste, é retirado o açúcar, mas acrescentado mais gordura e também pode ter adoçante. Com isso, o chocolate fica mais calórico, mas mesmo assim, ideal para os diabéticos, já que não tem adição de açúcar”, explica.

A nutricionista pontua que já o chocolate sem lactose é produzido com cacau, mas o leite utilizado é o sem lactose, fazendo com que os intolerantes possam desfrutá-lo. Para os celíacos ou até mesmo intolerantes ao glúten, o chocolate destinado é o sem glúten. “Ou seja, em sua composição não pode ter trigo, aveia, centeio e cevada”, salienta. Mas quem não tem restrições, pode ingerir esses itens especiais para quem tem? A resposta é sim, mas Karina adianta: Sem exageros e seguindo as porções de 25g a 30g.

Chocolate faz mal às crianças?
Karina relembra que a ingestão de chocolates não é indicada para crianças menores de dois anos. “Antes disso o organismo não é capaz de digerir alimentos doces ricos em açúcares e gorduras, que é o caso do chocolate”, afirma. Ela ainda, alerta que caso haja ingestão, é comum que surjam alergias no corpo da criança nos primeiros meses/aninhos de vida. Após os dois anos, o consumo exagerado também pode causar alergia, diarréia, enjôo, elevação da glicemia e aumento do colesterol.

A nutricionista opina que a família mantenha uma alimentação adequada e ainda, explique para a criança da casa que não se deve comer tudo no mesmo dia, principalmente agora com a chegada da Páscoa, onde ganham os ovos e ficam ansiosos para abrí-los. “Eu acho que é legal a gente limitar as quantidades sempre explicando o porquê disso. A criança geralmente entende. Quem sabe quebrar os ovos em pedacinhos e dar para comer com fruta possa ser uma boa opção já que a recomendação é de quanto mais amargo melhor”, finaliza.

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