Brasil tem mais de 30 mil na espera por transplante

Dados divulgados nesta semana pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), demonstraram, mais uma vez, a necessidade de se investir em campanhas de doação de órgãos. O Brasil tem 32.716 pacientes em lista de espera por um transplante de rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas ou córnea. A maioria – 21.962 – espera para receber um rim. O segundo órgão com maior fila de espera é a córnea, com 8.574 pacientes na lista de espera.

Segundo a ABTO, destes mais de 30 mil pacientes na lista de espera, 15.593 ingressaram no primeiro semestre de 2018. Os dados do RS apontam que 686 pessoas esperam por um rim, 65 por córnea, 17 por coração e 86 por pulmão. Para receber um órgão, a pessoa precisa estar inscrita em uma lista de espera monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes. O que determina a compatibilidade é o tipo sanguíneo, a dosagem de algumas substâncias colhidas no exame de sangue e características físicas.

Vale lembrar que, em Montenegro, o cenário de doação de órgãos vem melhorando após o início do projeto “Cultura Doadora”, realizado em parceria do Hospital Montenegro, com a ONG Cultura Doadora – ligada ao Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro/RS), Fundação Ecarta e Jornal Ibiá, entre outros parceiros. Após anos sem conseguir captar órgãos, devida a negativas familiares, a casa de saúde mudou esse cenário.

Em 2015, o HM teve três mortes encefálicas, em dois desses casos o coração parou tornando impossível manter os órgãos e, no terceiro, houve a negativa familiar para doação. Em 2016 foram quatro mortes encefálicas e em nenhum caso os familiares autorizaram. Em 2017 o HM registrou sete mortes encefálicas, todas também com negativas familiares. Já nos últimos meses cinco doações, de 17 órgãos, que beneficiaram 16 pessoas que aguardavam por um transplante. A grande mudança está nas famílias conversarem a respeito desse ato de solidariedade e, também, os profissionais de saúde estarem preparados para a aproximação correta na hora de conversar com as famílias que passam pelo difícil momento de receber um diagnóstico de morte encefálica.

Quais órgãos podem ser doados?
Doador falecido: Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.
Doador vivo: um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea.

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